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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Um restaurante e os smartphones

     O mundo moderno é estranho.      Uma grande parcela do que nos cerca  é pensada para melhorar a vida e aproximar pessoas. Entretanto, ao meu sentir, algo deu errado entre o que foi pensado e o que é realizado. Percebo cada vez mais que vivemos apartados da realidade. Cada vez mais nos trancamos no nosso protegido mundo. Não sei bem ao certo do que ou de quem nos protegemos, mas é inegável que nos protegemos de algo. Sinto que cada vez mais colocamos de lado as relações humanas.      Semana passada quando fui almoçar comecei a observar as pessoas que estavam no restaurante. A grande maioria não deixava de lado seus smartphones ou seus brinquedos tecnológicos. A grande maioria não trocava uma única palavra com a outra pessoa da mesa, até mesmo porque ela também estava de olhos grudados no seu respectivo aparelho eletrônico. Parecia um seita onde todos almoçavam em transe, a procura de não sei o que, quase fora de si. Esta é a uma parte da vida de todos os dias, estas são as relaçõ

Escrever em sentimentos

     Hoje é dois de janeiro de 2013 e escrevo com prazer.      Faz tempo que escrevo sem prazer, faz tempo, muito tempo. A escrita quase sempre me dá ou deu prazer, mas nestes últimos meses tem sido uma tortura. Aliás, não só a escrita. Em algum tempo escrevia apenas para passar o tempo, depois escrevia para você. É, você mesmo. Hoje escrevo para mim, para tentar me entender.      Escrever é uma tarefa solitária, por isso acho que gosto de escrever, sou solitário por formação e opção. Às vezes é dura esta solidão da escrita e da vida. Por vezes é dolorida. Uma dor sintetizada por algumas drogas alucinógenas. Só com elas para suportar a dor lancinante da solidão. Interessante que procuro a solidão das palavras, a solidão da vida a dois, três, quatro... Este texto é sobre a solidão das palavras. Ou não. Por exemplo, agora estou aqui a escrever sobre não sei o que, sobre muitas coisas que estão dentro de mim, que fazem parte de mim, que é atávico ao meu ser. Mas não consigo ou não me pe