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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Redes Sociais, opiniões e liberdade

     Cansei deste mundo das redes sociais. Cansei das receitas para felicidade, para a salvação do mundo ou então dos conceitos preconceituosos. Neste mundo das redes sociais as pessoas revelam as suas faces mais verdadeiras, seus preconceitos mais enraizados. Não aguento mais conviver com este tipo de pessoa. Você pode pensar, mas se este blogueiro não gosta destas tais redes sociais ele pode não aderir. É uma verdade. Muito embora não toda a verdade. Nas redes sociais tenho amigos especiais com quem gosto de manter contato. Entretanto, o que me incomoda são pessoas que de uma forma ou outra tenho que "conviver".      A verdade é que na vida real convivemos com todos os tipos de pessoas, mas no mundo virtual, sem os freios sociais, alguns se revelam e por vezes nos deparamos com o que de pior um ser humano pode expressar. Claro que também alguns se revelam mais especiais, mas não são estes que me incomodam, pelo contrário me fazem muito bem. O que me incomoda nestas rede

Literatura 2 - O Amor nos Tempos do Cólera

     Dando continuidade ao desejo de escrever sobre os livros lidos por este blogueiro neófito, chegou o momento de escrever sobre um ótimo livro. A leitura de O Amor nos Tempos do Cólera se deu em função do meu grande amor. Sim, blogueiros também amam... por mais incrível que possa parecer. Então, devo agradecer a este amor pela leitura deste grande livro.      Livro: O amor nos tempos do cólera      Autor: Gabriel Garcia Marquez      Editora: Record      Escrever que O amor nos Tempos do Cólera é um clássico, é afirmar muito pouco a respeito deste livro. Na verdade é uma bela história de amor, onde os sentimentos são aflorados a todo instante, a cada página virada .  Ao iniciar a leitura do livro, primeiramente me chamou a atenção o fato deste romance ter poucos diálogos. Em contrapartida, a narrativa é tão bem conduzida que em nenhum momento sente-se a falta dos (no meu caso) esperados diálogos. Em várias passagens me sentia dentro da história, me sentia um dos perso

Três vidas

     - Gosto de ti, mas não sei como suportar este amor.      Com estas palavras Eduardo deixou para trás uma vida em comum. Quando percebeu não estava mais ao lado da única pessoa que amara nesta vida. Caminhava sem rumo, assim como estivera sua vida até então.      Vitória olha aquele homem caminhando ao longe e não entendia o porquê de tudo que estavam vivenciando. Ou melhor, sabia muito bem o porquê. Tentava, sem sucesso, esquecer o passado.      Naqueles anos de relacionamento era interessante perceber como tudo se modificou na vida de ambos. Quando se conheceram todos diziam que o amor entre eles não daria certo. Tudo e todos conspiravam contra o amor daquele casal. Os dois lutaram com todas as forças, mas chegou num ponto que ambos fraquejaram. Primeiro Vitória depois Eduardo. Até a vida conspirou contra o amor dos dois.      Vitória começou a caminhar na direção contrária de Eduardo. Aliás, sempre foi assim, nunca os dois andavam juntos, sempre escolhiam caminhos diferentes

Desglobalize-se

     Hoje voltando para casa, depois de mais um dia de trabalho, passei pelos mesmos lugares, muros e ruas. Mas algo me chamou a atenção. Um muro não estava como ontem. Mãos trêmulas picharam em letras vermelhas uma simples palavra.  Desglobalize-se . Aquele muro pichado me causou uma profunda euforia. A verbalização de um sentimento a muito experimentado por mim surgiu naquele muro pichado.      Desde a transformação em fenômeno pop, a globalização vem mostrando os seus nefastos efeitos. Cada vez mais somos transformados em seres uniformes. Os produtos que nos são apresentados seja na moda, nas artes plásticas, na arquitetura, na música, na literatura, enfim, quase tudo tem um mesmo padrão. Somos "presenteados" por esta fórmula mágica da massificação e homogeneização. A redução dos custos é, pelo menos assim percebo, o mantra repetido pelos mentores desta globalização. O lucro fácil, barato e com menos risco é o que move a globalização. Muito embora sempre aprendi que uma d

Bandalheiraquistão, um país distante de todos nós

     Hoje ouvi uma história sobre um país distante, pouco conhecido de todos nós. É um país estranho, a começar pelo nome. Alguém conhece o Bandalheiraquistão?      Naquele distante país as leis são feitas para serem descumpridas. Imaginem só um país cheio de Leis, mas poucas "pegam". Lá tudo é regulado por alguma Lei, desde  um simples condomínio residencial, passando pela educação dos filhos, eleições e as mais básicas relações humanas. Não consigo imaginar viver num país assim. Me sentiria oprimido.      Mas o mais estranho, pelo menos para nós brasileiros, é esta história de uma Lei não pegar. Estranho. Muito estranho. Imagine caro e eventual leitor, os habitantes do Bandalheiraquistão elegem seus representantes, estes criam leis para tudo que se possa imaginar, mas as leis são desconsideradas por muitos integrantes daquele país. Quando são instados a cumprir alguma lei, contratam os mais renomados advogados para simplesmente arrastar os processos até as calendas grega

As conversas de Leo

     Cruzei comigo por algum lugar. Engraçado eu me olhar e conversar comigo.      Será? Sim, foi o que aconteceu esta tarde, me vi passando e fui conversar comigo.      Pode parecer estranho. Foi difícil começar a conversa. No início nos estranhamos um pouco. Puxei assunto.      - Não nos conhecemos?      Claro que nos conhecíamos, afinal somos a mesma pessoa, mas tinha que tentar começar aquela estranha conversa de forma corriqueira. O estranho foi a resposta:      - Não sei não, acho que não nos conhecemos, nunca lhe vi.      - Talvez você tenha razão. Mas continuo com a impressão que nos conhecemos. Mas deixando de lado esta impressão quero te fazer uma pergunta. Faz muito tempo que observo o teu comportamento. E me intriga por que tu é tão inconstante.      - Inconstante eu? Você deve estar me confundindo.      - Não mesmo. Te conheço como a palma da minha mão. E queria que tu me dissesse se você não percebe esta tua característica?      - Olha, claro que percebo, mas t