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Mostrando postagens de 2014

Ocaso!

    Faz muito tempo que não entro aqui para escrever. Aliás, faz muito tempo que não acesso o blog. Ele está em um processo de hibernação. Quase uma vida mantida por aparelhos.     O motivo? Talvez o ocaso do LedVenture esteja próximo.Gosto da palavra ocaso. Me faz pensar em um caso qualquer, uma história qualquer que será contada. É o tipo de palavra que o som te carrega a muitos lugares e situações. Mas voltado desta pequena digressão, o LedVenture sempre foi um personagem vivido por este blogueiro neófito. Um personagem que por breves momentos adquiriu vida própria. Um personagem que ultrapassou os limites da ficção e viveu algumas experiências muito interessantes. Outras nem tanto.      Cruzam ambulâncias aqui perto, correndo não sei para onde, talvez para acudir este blogueiro, talvez não... As ambulâncias passaram e a vida volta ao normal por aqui, não me acudiram. Parece que não foram chamadas para me atender.  Na verdade não preciso mais seguir como LedVenture,  na realidade

Noite

     Otávio mora há mais de 10 anos no mesmo apartamento. Conhece do avesso aquele lugar. Dia após dia entra pela mesma porta. Dá exatamente duas voltas na fechadura. Encontra o mesmo quadro quando abre a porta. Coloca a chave na mesma mesa. Dá uma olhada nas contas e senta na mesma cadeira da sacada para fumar um cigarro sem gosto. Sempre do mesmo jeito. Sempre no mesmo horário. A cada início de noite a solidão mexe com sua cabeça. A fumaça o envolve de uma forma  tal que tudo a sua volta desaparece. O ritual é o mesmo noite após noite.     Naquela noite a vizinha está sentada na sacada ao lado. A luz está apagada e ela divaga sobre o dia que passou. Esperando o vizinho metódico. Naquele dia nada que lhe cercava dera certo. Mais uma vez. Só lhe restava espiar a rotina de sempre do vizinho sem nome, enquanto espera o seu banho relaxante. Na mesma hora de sempre ele chegou ao seu apartamento. Ouve ele fechando a porta, dá exatamente duas voltas na fechadura da porta. Como aquele cara

Hoje e não ontem

     Nunca entendi a pressa do mundo. Tudo é para ontem. Parece que estamos sempre atrasados. Mas atrasados para fazer o quê? O que deveria ser feito e não foi? A velocidade da vida sempre é tão acelerada, tão desesperada para passar. Todas estas perguntas estavam ao meu redor, me pressionando de uma forma ou outra.      Nos últimos meses passei a viver num ritmo bastante lento, a pressa cedeu passagem à calmaria, à reflexão, me dedico de corpo e alma ao dolce far niente . O que passamos por vezes se reveste de falta de significado, parece sem sentido. A vida apressada que levamos não permite que nos aprofundemos na busca do sentido de tudo que vivemos.       Quando somos forçados a refletir, seja por qual motivo for, talvez a morte de alguém querido, a passagem por uma situação limite, a perda de um grande amor, enfim, os motivos são infindáveis para darmos um tempo a esta vida louca que nos impõem desde que nascemos. Quando o momento da parada chega nos deparamos com um outro mun