Hoje é dois de janeiro de 2013 e escrevo com prazer.
Faz tempo que escrevo sem prazer, faz tempo, muito tempo. A escrita quase sempre me dá ou deu prazer, mas nestes últimos meses tem sido uma tortura. Aliás, não só a escrita. Em algum tempo escrevia apenas para passar o tempo, depois escrevia para você. É, você mesmo. Hoje escrevo para mim, para tentar me entender.
Escrever é uma tarefa solitária, por isso acho que gosto de escrever, sou solitário por formação e opção. Às vezes é dura esta solidão da escrita e da vida. Por vezes é dolorida. Uma dor sintetizada por algumas drogas alucinógenas. Só com elas para suportar a dor lancinante da solidão. Interessante que procuro a solidão das palavras, a solidão da vida a dois, três, quatro... Este texto é sobre a solidão das palavras. Ou não. Por exemplo, agora estou aqui a escrever sobre não sei o que, sobre muitas coisas que estão dentro de mim, que fazem parte de mim, que é atávico ao meu ser. Mas não consigo ou não me permito escrever sobre tudo, tenho receio de me revelar, ao ponto de nem eu me reconhecer nestas palavras, não consigo me libertar de controles sociais, de limites impostos por não sei quem. Não consigo deixar coisas de lado e apenas escrever. Talvez por isso esta solidão de sentimentos. Talvez não. Algum mais desavisados ao lerem este texto (se é que será publicado ou lido) poderão achá-lo depressivo. Não é. Pode ser ser um tanto triste, mas depressivo não. A tristeza faz parte de nós desde que deixamos o paraíso ou quando deixamos a segurança da vida intrauterina. Aquela vida sem mazelas, sem decepções, sem dissabores, sem rompimentos ou amores perdidos. Agora tentarei voltar ao tema deste post. Tentarei, não sei se conseguirei. Mas paciência, a vida é feita de tentativas, mesmo que vãs.
Será que é possível escrever sem ser influenciado por tudo que vivemos? Será que conseguimos nos despir de tudo e apenas escrever? Acho que somente quem escreve profissionalmente consegue. Quem, como eu, escreve por diletantismo raras vezes consegue libertar-se das amarras e fluir a escrita sem controles, sejam eles quais forem.
Hoje estou aos poucos me libertando de alguns controles, libertando de algumas dores, sigo solitário na escrita, mas confesso que mais livre. Olho para o lado e apenas sinto que tenho muito que andar, aprender, entender, respeitar, conhecer e esquecer... Sinto que posso, acima de tudo, compreender que somos produto de tudo que vivemos, mas não quer dizer que somos escravos do que vivemos, temos que andar em frente. Hoje entendi este fato simples. Não posso mais ficar atrelado ao passado, apenas entendê-lo, mesmo que seja tão difícil entender erros e acertos. Não há espaço para dúvidas ou incertezas. A liberdade da escrita reside essencialmente na liberdade da vida. Libertar-se do que te prende. Libertar-se do que te machuca. Mesmo que este libertar-se seja de você mesmo. Talvez nosso maior algoz sejamos nós próprios. Por vezes escolhemos nos fazer sofrer. Basta mudar esta escolha, passando a nos fazer bem. Será bem mais fácil, menos cansativo e bem mais prazeroso. Neste ano decidi, vou me fazer bem.
Agora escrever voltará a ser aquele prazer do dia a dia. Simples assim. Esta vida é tão simples. Que bom, pena que insistimos em complicá-la. Então, depois de escrever por exatos vinte minutos posso dizer que, sim, a escrita dá prazer e, sim, é possível despir-se de sentimentos ao escrever, não é simples, mas é possível.
Trilha Sonora:
Ouvi a LedVenture Rádio (lado direito deste blog sem sentido)
Faz tempo que escrevo sem prazer, faz tempo, muito tempo. A escrita quase sempre me dá ou deu prazer, mas nestes últimos meses tem sido uma tortura. Aliás, não só a escrita. Em algum tempo escrevia apenas para passar o tempo, depois escrevia para você. É, você mesmo. Hoje escrevo para mim, para tentar me entender.
Escrever é uma tarefa solitária, por isso acho que gosto de escrever, sou solitário por formação e opção. Às vezes é dura esta solidão da escrita e da vida. Por vezes é dolorida. Uma dor sintetizada por algumas drogas alucinógenas. Só com elas para suportar a dor lancinante da solidão. Interessante que procuro a solidão das palavras, a solidão da vida a dois, três, quatro... Este texto é sobre a solidão das palavras. Ou não. Por exemplo, agora estou aqui a escrever sobre não sei o que, sobre muitas coisas que estão dentro de mim, que fazem parte de mim, que é atávico ao meu ser. Mas não consigo ou não me permito escrever sobre tudo, tenho receio de me revelar, ao ponto de nem eu me reconhecer nestas palavras, não consigo me libertar de controles sociais, de limites impostos por não sei quem. Não consigo deixar coisas de lado e apenas escrever. Talvez por isso esta solidão de sentimentos. Talvez não. Algum mais desavisados ao lerem este texto (se é que será publicado ou lido) poderão achá-lo depressivo. Não é. Pode ser ser um tanto triste, mas depressivo não. A tristeza faz parte de nós desde que deixamos o paraíso ou quando deixamos a segurança da vida intrauterina. Aquela vida sem mazelas, sem decepções, sem dissabores, sem rompimentos ou amores perdidos. Agora tentarei voltar ao tema deste post. Tentarei, não sei se conseguirei. Mas paciência, a vida é feita de tentativas, mesmo que vãs.
Será que é possível escrever sem ser influenciado por tudo que vivemos? Será que conseguimos nos despir de tudo e apenas escrever? Acho que somente quem escreve profissionalmente consegue. Quem, como eu, escreve por diletantismo raras vezes consegue libertar-se das amarras e fluir a escrita sem controles, sejam eles quais forem.
Hoje estou aos poucos me libertando de alguns controles, libertando de algumas dores, sigo solitário na escrita, mas confesso que mais livre. Olho para o lado e apenas sinto que tenho muito que andar, aprender, entender, respeitar, conhecer e esquecer... Sinto que posso, acima de tudo, compreender que somos produto de tudo que vivemos, mas não quer dizer que somos escravos do que vivemos, temos que andar em frente. Hoje entendi este fato simples. Não posso mais ficar atrelado ao passado, apenas entendê-lo, mesmo que seja tão difícil entender erros e acertos. Não há espaço para dúvidas ou incertezas. A liberdade da escrita reside essencialmente na liberdade da vida. Libertar-se do que te prende. Libertar-se do que te machuca. Mesmo que este libertar-se seja de você mesmo. Talvez nosso maior algoz sejamos nós próprios. Por vezes escolhemos nos fazer sofrer. Basta mudar esta escolha, passando a nos fazer bem. Será bem mais fácil, menos cansativo e bem mais prazeroso. Neste ano decidi, vou me fazer bem.
Agora escrever voltará a ser aquele prazer do dia a dia. Simples assim. Esta vida é tão simples. Que bom, pena que insistimos em complicá-la. Então, depois de escrever por exatos vinte minutos posso dizer que, sim, a escrita dá prazer e, sim, é possível despir-se de sentimentos ao escrever, não é simples, mas é possível.
Trilha Sonora:
Ouvi a LedVenture Rádio (lado direito deste blog sem sentido)
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