Nada é como antes. O agora deixou para trás o antes. O agora existe por puro acaso. Aliás, nem o acaso explica o agora. Nada pode ser explicado com palavras, simples palavras.
Nada é como antes, nem mesmo o agora. Nós mesmos somos diferentes de nós mesmos.
Agora é apenas uma colcha de retalhos. Cada retalho, inicialmente, não se encaixa, apenas ocupa um espaço, aparentemente sem nenhum sentido. Entretanto, após um novo olhar percebemos as nuances de cada retalho. Percebemos semelhanças, percebemos os pontos de contato. Nos encantamos com o conjunto formado por retalhos sem sentido.
Nada pode ser explicado somente a partir de nossos conceitos pré-concebidos. Precisamos entender o todo para perceber que tudo tem uma razão de ser. Até mesmo este blog tem sua razão de ser, mesmo que aparentemente não apresente nenhum sentido. E este texto sem nenhum nexo, será que tem sentido? Acho que sim, mas não tenho certeza. Como explicar este estado de coisas que nos cerca? Sinceramente, não sei. Nada apresenta um sentido no primeiro olhar. Às vezes, aquela primeira impressão é desmentida pelos novos olhares. Às vezes só o tempo nos faz mudar nossos primeiros conceitos. A única certeza é que iremos mudar nossos entendimentos. Este é um fato insofismável. Temos que mudar, é preciso mudar.
Os conceitos arraigados dentro de nós só nos fazem errar. Não evoluímos fazendo sempre tudo igual, não arriscamos, simplesmente nos acomodamos no mesmo fazer.
Não entendo o porquê de tudo ser igual ao ontem e não mudarmos com as vivências de todos os dias. Hoje almoçando e conversando com um bom amigo de todos os dias me senti bem em dividir minhas dúvidas com ele. Somos este conjunto de dúvidas. Não há espaço dentro de mim para as certezas de todos que me cercam. Eu constantemente me vejo invadido por dúvidas. Sou aquela colcha descrita no início deste texto, contraditório, indeciso, feliz, triste, amoroso, violento, calmo, certo e errado. Este sou eu, este talvez seja você. No almoço eu e este amigo de todos os dias sempre desenvolvemos alguma teoria sobre este mundo que nos cerca, um dia sobre o amor, outro dia sobre a sociedade, às vezes sobre livros, filmes ou qualquer outro assunto que venha a nossa mente, sempre na duração de um almoço. Em exatos 45 minutos digressões sobre o tudo ou o nada. Tudo regado por um saboroso café, tomado naqueles copinhos de pinga.
Eu e este amigo somos exatamente uma colcha de retalhos, nossas conclusões sobre o mundo pode ser esta mesma colcha, num primeiro olhar não agrada, mas após um olhar mais acurado percebe-se o sentido e sua beleza.
Não sei o porquê de sentar em frente a este computador e escrever, talvez ao final de tudo possa entender o porquê, talvez seja tarde, talvez não. Não escrevo mais para alguém. Aliás, deixei para trás muita coisa, o único sentimento que mantenho intacto é minha lucidez. Com o tempo aprendemos a dar valor ao que realmente apresenta relevância, deixamos para trás sonhos, percepções errôneas sobre a vida, tudo vai ficando para trás, formando uma outra colcha de retalhos, esta sim sem muito sentido, a não ser mostrar o quanto somos forjados pela vida de todos os dias... a cada esquina cruzamos com nosso destino, optamos segui-lo como se apresenta ou insistimos em cruzar por novas ruas e becos escuros. Escrevo para deixar aqui este sentimento de irresignação com a vida de todos os dias, não me permito apenas viver cada dia, quero mudar o enredo deste filme, não me permito pegar o scrip e reproduzi-lo. É tão cansativo aquele texto pronto, preciso colocar meu tempero, minha interpretação. Muitas vezes erro, muitas vezes a cena produzida é um drama sem fim, mas este sou eu e este é você. Tu sabe que é assim, nós sabemos. Apenas não entendemos no mesmo momento. Mas não se preocupe, sempre estaremos prontos para improvisar, pois esta é nossa vida.
Trilha sonora:
Tangodrome - Bajofondo TangoClub - Supervielle
Guilty - Barbra Streisand With Barry Gibb - Bee Gees Their Greatest Hits - The Record (Disc Two)
John Fogerty - Centerfield - Clássicos Rock 500
Moody Blues - Question - Clássicos Rock 500
Politik - Coldplay - Live 2003
Tank (Milan 1973) - Emerson Lake And Palmer - Beyond In The Beginning
Layla - Eric Clapton - Crossroads 2: Live In The Seventies
Teacher [*][original UK mix] - Jethro Tull - Benefit
One Robot's Dream - Joe Satriani - Super Colossal
Perfect Symmetry - Keane - Pre-Release Singles Compilation
I Heard It Through The Grapevine Michael McDonald Motown2
Law Years - Pat Metheny, Dave Holland & Roy Haynes - Question and Answer
Rolling Stones - Brown Sugar - Rock 70´s
Garoto De Aluguel (Táxi Boy) - Zé Ramalho - Perfil
Noturno - Vitor Ramil - Longes
Nada é como antes, nem mesmo o agora. Nós mesmos somos diferentes de nós mesmos.
Agora é apenas uma colcha de retalhos. Cada retalho, inicialmente, não se encaixa, apenas ocupa um espaço, aparentemente sem nenhum sentido. Entretanto, após um novo olhar percebemos as nuances de cada retalho. Percebemos semelhanças, percebemos os pontos de contato. Nos encantamos com o conjunto formado por retalhos sem sentido.
Nada pode ser explicado somente a partir de nossos conceitos pré-concebidos. Precisamos entender o todo para perceber que tudo tem uma razão de ser. Até mesmo este blog tem sua razão de ser, mesmo que aparentemente não apresente nenhum sentido. E este texto sem nenhum nexo, será que tem sentido? Acho que sim, mas não tenho certeza. Como explicar este estado de coisas que nos cerca? Sinceramente, não sei. Nada apresenta um sentido no primeiro olhar. Às vezes, aquela primeira impressão é desmentida pelos novos olhares. Às vezes só o tempo nos faz mudar nossos primeiros conceitos. A única certeza é que iremos mudar nossos entendimentos. Este é um fato insofismável. Temos que mudar, é preciso mudar.
Os conceitos arraigados dentro de nós só nos fazem errar. Não evoluímos fazendo sempre tudo igual, não arriscamos, simplesmente nos acomodamos no mesmo fazer.
Não entendo o porquê de tudo ser igual ao ontem e não mudarmos com as vivências de todos os dias. Hoje almoçando e conversando com um bom amigo de todos os dias me senti bem em dividir minhas dúvidas com ele. Somos este conjunto de dúvidas. Não há espaço dentro de mim para as certezas de todos que me cercam. Eu constantemente me vejo invadido por dúvidas. Sou aquela colcha descrita no início deste texto, contraditório, indeciso, feliz, triste, amoroso, violento, calmo, certo e errado. Este sou eu, este talvez seja você. No almoço eu e este amigo de todos os dias sempre desenvolvemos alguma teoria sobre este mundo que nos cerca, um dia sobre o amor, outro dia sobre a sociedade, às vezes sobre livros, filmes ou qualquer outro assunto que venha a nossa mente, sempre na duração de um almoço. Em exatos 45 minutos digressões sobre o tudo ou o nada. Tudo regado por um saboroso café, tomado naqueles copinhos de pinga.
Eu e este amigo somos exatamente uma colcha de retalhos, nossas conclusões sobre o mundo pode ser esta mesma colcha, num primeiro olhar não agrada, mas após um olhar mais acurado percebe-se o sentido e sua beleza.
Não sei o porquê de sentar em frente a este computador e escrever, talvez ao final de tudo possa entender o porquê, talvez seja tarde, talvez não. Não escrevo mais para alguém. Aliás, deixei para trás muita coisa, o único sentimento que mantenho intacto é minha lucidez. Com o tempo aprendemos a dar valor ao que realmente apresenta relevância, deixamos para trás sonhos, percepções errôneas sobre a vida, tudo vai ficando para trás, formando uma outra colcha de retalhos, esta sim sem muito sentido, a não ser mostrar o quanto somos forjados pela vida de todos os dias... a cada esquina cruzamos com nosso destino, optamos segui-lo como se apresenta ou insistimos em cruzar por novas ruas e becos escuros. Escrevo para deixar aqui este sentimento de irresignação com a vida de todos os dias, não me permito apenas viver cada dia, quero mudar o enredo deste filme, não me permito pegar o scrip e reproduzi-lo. É tão cansativo aquele texto pronto, preciso colocar meu tempero, minha interpretação. Muitas vezes erro, muitas vezes a cena produzida é um drama sem fim, mas este sou eu e este é você. Tu sabe que é assim, nós sabemos. Apenas não entendemos no mesmo momento. Mas não se preocupe, sempre estaremos prontos para improvisar, pois esta é nossa vida.
Trilha sonora:
Tangodrome - Bajofondo TangoClub - Supervielle
Guilty - Barbra Streisand With Barry Gibb - Bee Gees Their Greatest Hits - The Record (Disc Two)
John Fogerty - Centerfield - Clássicos Rock 500
Moody Blues - Question - Clássicos Rock 500
Politik - Coldplay - Live 2003
Tank (Milan 1973) - Emerson Lake And Palmer - Beyond In The Beginning
Layla - Eric Clapton - Crossroads 2: Live In The Seventies
Teacher [*][original UK mix] - Jethro Tull - Benefit
One Robot's Dream - Joe Satriani - Super Colossal
Perfect Symmetry - Keane - Pre-Release Singles Compilation
I Heard It Through The Grapevine Michael McDonald Motown2
Law Years - Pat Metheny, Dave Holland & Roy Haynes - Question and Answer
Rolling Stones - Brown Sugar - Rock 70´s
Garoto De Aluguel (Táxi Boy) - Zé Ramalho - Perfil
Noturno - Vitor Ramil - Longes
Realmente a vida é um improviso! Cheia de cacos, mas ainda assim pode ser vivida... abraços LedVenture, quem sabe um dia possamos improvisar juntos numa espécie de jam session da escrita. Abraços e, com tu escreveu nestes dias, Nos Vemos.
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