Hoje escrevo ao lado de uma taça de vinho.
Talvez motivado por este vinho, talvez não.
Olho a taça refletindo tudo que está em volta, a casa vazia, os livros, Dom Quixote. O relógio da cozinha marcando o passar do tempo. E eu vivendo em de outra dimensão. O único contato com o mundo de todos é a taça de vinho; Aqui o tempo não passa, pouco importa o tempo real, pelo menos neste momento. Outros sons insistem em querer invadir este espaço sagrado. Sons de televisão (às vezes penso que o vizinho é meio surdo), o elevador subindo e descendo levando todos aos seus apartamentos. O dia pode ter sido incrível ou então desastrosos para as pessoas que estão chegando ou saindo. Quem sabe tenha sido apenas mais um dia como outros tantos. Ou não. Por vezes fico divagando sobre o que está acontecendo com as pessoas que cruzam por mim em elevadores, ruas, livrarias, parques... Pelos olhos, o jeito do corpo, o andar, um sorriso, uma desculpa qualquer ou qualquer pode ser um sinal a indicar o que está se passando com aquela pessoa. Será que eu deixo estas pistas também? Acho que não, escondo de todos o que sinto. Talvez isso seja mais uma das minhas pseudo loucuras. Me fechar. Ninguém tem a chave para adentrar em minhas idiossincrasias. Ninguém, é força de expressão. Apenas uma pessoa tem o caminho livre. Ela sabe disso, nestes anos todos descobriu como sou, como chegar em mim, como me descobrir no sentido do verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e pronominal.
Mas não é sobre mim que quero escrever. O bom de não ser lido é ter a liberdade para escrever sobre qualquer coisa ou coisa qualquer. Escrevo para mim e para mais ninguém. Não importa a compreensão ou aceitação, esta é a minha terapia. O melhor de tudo é que é gratuita. Pena que não pode ser usada como abatimento no imposto de renda. Imagina a rubrica para abater no IRPF - "escrita em blog" no Brasil ou no exterior. Não importa se é redutível, o que importa é que me faz bem. Cada vez mais sinto a liberdade de escrever sobre qualquer coisa. Entretanto, deixei de me revelar aqui. Cansei de expor minhas dores e sonhos. Deixo para a profissional da terapia (esta dedutível). Agora o blog é apenas mais um lugar para minhas reflexões sem sentido aparente... está difícil voltar ao tema do post (o que as pessoas revelam no dia a dia, este era o tema inicial).
Mais um gole no vinho espetacular que me cerca e me seduz. Malbec, safra 2007, Don Laurindo. Não me importa nada disso, apenas digo que o vinho é maravilhoso... Intenso. Não entendo de vinhos, apenas saboreio. Voltando ao post. Quando olho para alguém com quem cruzo pela primeira vez tento perceber o que este alguém está sentindo. Quase nunca sinto alguma coisa. Entretanto, às vezes, percebo claramente o que se passa com quem está cruzando por mim. Geralmente quando tenho esta percepção é sempre sobre a tristeza da pessoa, poucas vezes tenho estes lampejos quando é para um sentimento de felicidade. Não sei se é porque quase todos estão tristes ou se tenho esta percepção somente quando se trata de tristezas alheias. Não sei muito lidar com o que sinto de outros pessoas, apenas tento passar sentimentos de luz. Não sou nada ligado ao esoterismo. Convive com pessoas que eram e são esotéricos, aprendi algumas coisas, mas até hoje não compreendo o incompreensível mundo esotérico.
Outra coisa que é facilmente perceptível é a futilidade alheia. E como cruzamos por pessoas fúteis e sem conteúdo. É triste conviver com a futilidade. Pessoas que vivem para roupas, maquiagens, sapatos, bolsas, enfim, só se importam com coisas sem expressão. Claro que podemos no preocupar com coisas rasas, mas não sempre, não é possível viver somente para as futilidades que nos cercam. Antigamente eu me importava, tentava apresentar outros caminhos. Atualmente não. Apenas desvio das pessoas fúteis que teimam em cruzar pelo meu caminho. Olho, desprezo, não quero ter o mínimo contato. No máximo um bom dia e sigo sem olhar para trás. Pode parecer pedante, ao meu sentir não é. Por uma simples razão, futilidade é, pelo menos para mim, sinônimo de inutilidade. E não perco mais tempo com a inutilidade alheia. Já basta o tempo que gasto com as minhas.
Trilha Sonora:
Hooray - Grand Funk Railroad - We're An American Band
Knights Of Cydonia (Live) - Muse - Haarp (Live At Wembley)
Choral, Symphony No 9 in D Minor Op 125, 4th movement - London Philarmonic Orchestra - The Best of Beethoven
Prime Time - The Alan Parsons Project - The Ultimate Collection (Disc 2)
Take A Pebble (California Jam Festival 1974) - Emerson Lake And Palmer - Beyond In The Beginning
The Long And Winding Road - The Beatles - Clássicos Rock 500
Morena dos olhos d´água - Chico Buarque - Coletânea
Alone, Together - The Strokes - Is This It
Cream - Sunshine Of Your Love - Clássicos Rock 500
Animals - House of the Rising Su - Clássicos Rock 500
Terra - Tambo Do Bando - 20 Mais
Talvez motivado por este vinho, talvez não.
Olho a taça refletindo tudo que está em volta, a casa vazia, os livros, Dom Quixote. O relógio da cozinha marcando o passar do tempo. E eu vivendo em de outra dimensão. O único contato com o mundo de todos é a taça de vinho; Aqui o tempo não passa, pouco importa o tempo real, pelo menos neste momento. Outros sons insistem em querer invadir este espaço sagrado. Sons de televisão (às vezes penso que o vizinho é meio surdo), o elevador subindo e descendo levando todos aos seus apartamentos. O dia pode ter sido incrível ou então desastrosos para as pessoas que estão chegando ou saindo. Quem sabe tenha sido apenas mais um dia como outros tantos. Ou não. Por vezes fico divagando sobre o que está acontecendo com as pessoas que cruzam por mim em elevadores, ruas, livrarias, parques... Pelos olhos, o jeito do corpo, o andar, um sorriso, uma desculpa qualquer ou qualquer pode ser um sinal a indicar o que está se passando com aquela pessoa. Será que eu deixo estas pistas também? Acho que não, escondo de todos o que sinto. Talvez isso seja mais uma das minhas pseudo loucuras. Me fechar. Ninguém tem a chave para adentrar em minhas idiossincrasias. Ninguém, é força de expressão. Apenas uma pessoa tem o caminho livre. Ela sabe disso, nestes anos todos descobriu como sou, como chegar em mim, como me descobrir no sentido do verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e pronominal.
Mas não é sobre mim que quero escrever. O bom de não ser lido é ter a liberdade para escrever sobre qualquer coisa ou coisa qualquer. Escrevo para mim e para mais ninguém. Não importa a compreensão ou aceitação, esta é a minha terapia. O melhor de tudo é que é gratuita. Pena que não pode ser usada como abatimento no imposto de renda. Imagina a rubrica para abater no IRPF - "escrita em blog" no Brasil ou no exterior. Não importa se é redutível, o que importa é que me faz bem. Cada vez mais sinto a liberdade de escrever sobre qualquer coisa. Entretanto, deixei de me revelar aqui. Cansei de expor minhas dores e sonhos. Deixo para a profissional da terapia (esta dedutível). Agora o blog é apenas mais um lugar para minhas reflexões sem sentido aparente... está difícil voltar ao tema do post (o que as pessoas revelam no dia a dia, este era o tema inicial).
Mais um gole no vinho espetacular que me cerca e me seduz. Malbec, safra 2007, Don Laurindo. Não me importa nada disso, apenas digo que o vinho é maravilhoso... Intenso. Não entendo de vinhos, apenas saboreio. Voltando ao post. Quando olho para alguém com quem cruzo pela primeira vez tento perceber o que este alguém está sentindo. Quase nunca sinto alguma coisa. Entretanto, às vezes, percebo claramente o que se passa com quem está cruzando por mim. Geralmente quando tenho esta percepção é sempre sobre a tristeza da pessoa, poucas vezes tenho estes lampejos quando é para um sentimento de felicidade. Não sei se é porque quase todos estão tristes ou se tenho esta percepção somente quando se trata de tristezas alheias. Não sei muito lidar com o que sinto de outros pessoas, apenas tento passar sentimentos de luz. Não sou nada ligado ao esoterismo. Convive com pessoas que eram e são esotéricos, aprendi algumas coisas, mas até hoje não compreendo o incompreensível mundo esotérico.
Outra coisa que é facilmente perceptível é a futilidade alheia. E como cruzamos por pessoas fúteis e sem conteúdo. É triste conviver com a futilidade. Pessoas que vivem para roupas, maquiagens, sapatos, bolsas, enfim, só se importam com coisas sem expressão. Claro que podemos no preocupar com coisas rasas, mas não sempre, não é possível viver somente para as futilidades que nos cercam. Antigamente eu me importava, tentava apresentar outros caminhos. Atualmente não. Apenas desvio das pessoas fúteis que teimam em cruzar pelo meu caminho. Olho, desprezo, não quero ter o mínimo contato. No máximo um bom dia e sigo sem olhar para trás. Pode parecer pedante, ao meu sentir não é. Por uma simples razão, futilidade é, pelo menos para mim, sinônimo de inutilidade. E não perco mais tempo com a inutilidade alheia. Já basta o tempo que gasto com as minhas.
Trilha Sonora:
Hooray - Grand Funk Railroad - We're An American Band
Knights Of Cydonia (Live) - Muse - Haarp (Live At Wembley)
Choral, Symphony No 9 in D Minor Op 125, 4th movement - London Philarmonic Orchestra - The Best of Beethoven
Prime Time - The Alan Parsons Project - The Ultimate Collection (Disc 2)
Take A Pebble (California Jam Festival 1974) - Emerson Lake And Palmer - Beyond In The Beginning
The Long And Winding Road - The Beatles - Clássicos Rock 500
Morena dos olhos d´água - Chico Buarque - Coletânea
Alone, Together - The Strokes - Is This It
Cream - Sunshine Of Your Love - Clássicos Rock 500
Animals - House of the Rising Su - Clássicos Rock 500
Terra - Tambo Do Bando - 20 Mais
Lembre-se: não somos melhores nem piores do que ninguém. Ignorar, desprezar pessoas é trilhar o caminho da solidão. Quando nos colocamos num patamar, olhando os outros de cima, aí sim, nos tornamos fúteis.
ResponderExcluirAnônimo, obrigado pela lembrança.Entretanto, minha paciência com a futilidade alheia está cada vez menor. Isso é um fato.
ResponderExcluirPensarei no que você escreveu, trilhando o meu caminho da solidão inexorável de todos os dias...