Pular para o conteúdo principal

Garibaldi, 9 graus

     Hoje cheguei em Garibaldi. Mas antes tomei uma decisão, comprei um GPS. Que maravilha este aparelho, me conduziu até aqui facilmente... É verdade que estava em Caxias do Sul e é muito fácil chegar em Garibaldi vindo de Caxias. Mas o aparelho será de grande valia nas próximas viagens. Coloquei o nome de Guia de Passeio Sossegado. Minha viagens serão mais tranquilas a partir de agora.
     É a primeira vez que venho a Garibaldi, uma cidade intrigante. Não deu para perceber qual é a característica desta cidade, não sei se é voltada ao turísmo, voltada à produção de espumantes sei que é... Andei por algumas localidades e senti que tem um que de lugar turístico, mas não vejo a cidade voltada ao turismo. É engraçado, pois a Serra Gaúcha tem a vocação turística latente, mas em Garibaldi não senti esta força. Amanhã vou andar bastante por aqui, talvez esta impressão inicial se altere.
     O GPS me levou até um antigo Mosteiro que foi transformado em hotel. Bem aconchegante, internet no quarto, o que me possibilita escrever este post. Está um frio lá fora. Um frio diferente, pois é cortante, causa dor até nos ossos. Este é o frio da serra gaúcha. Este é o frio que fará parte da minha vida.
     Estou sozinho aqui e estar sozinho em viagens é uma sensação que não vivia há muito tempo, pois sempre estou com a minha esposa. É diferente ver os lugares sem alguém para comentar, sem poder compartilhar as emoções sentidas. Mas amanhã ela chega aqui e as sensações voltarão ao normal. Pelo menos assim espero.
     Quero sentir Garibaldi como alguém daqui, quero descobrir os lugares mais interessantes, gosto de caminhar pelas cidades que visto e amanhã será o dia de caminhar por Garibaldi e experimentar as sensações surgidas no decorrer do caminho. Até amanhã.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos 99%

     Somos uma parcela significativa de qualquer sociedade. Somos os 99%. Apesar de sermos a imensa maioria, ainda assim somos excluídos de quase tudo. Somos chamados somente quando os detentores das riquezas, os outros 1%, precisam de nossos sacrifícios.      Como é possível que uma sociedade, com alicerces tão frágeis, fique de pé por tanto tempo? Não tenho a resposta. Entretanto, sinto que algo está mudando e muito rapidamente. Esta sociedade injusta já não está mais tão firme e começa a ser questionada. Nos últimos meses estamos acompanhando vários movimentos sociais espraidos pelo mundo. É a voz dos 99% se fazendo ouvir. Estamos cansados de sacrifícios intermináveis. E sempre dos mesmos para os mesmos. Nunca são chamados os detentores da riqueza. Um porcento da população nunca se sacrifica, mas quando aparece alguma dificuldade, criada pela ganância deles, colocam de lado suas convicções e imploram ajuda dos governos. Estes governos que sempre foram chamados de ineficientes ou

Vivendo ao largo da vida...

     - Eu vivo ao largo da vida.      - Como assim?      - Isto mesmo. Eu vivo costeando a vida. Nunca me senti incluído em nenhum grupo social. Nunca convivi com nenhuma turma. Sempre fui muito sozinho.      - Mas hoje somos um casal e temos alguns amigos.      - Sim, mas são muito mais teus amigos do que meus. E para dizer a verdade são apenas conhecidos.      - Otávio, às vezes acho que tu é louco.      - Por quê? Talvez porque eu goste de falar a verdade? Pelo menos a minha verdade.      - É. Nem sempre gostamos de ouvir verdades.      - Mas eu gosto de falá-las.      - Otávio, tu tem esta mania de falar o português correto. Isto, sim, me incomoda. E também me irrita esta tua vontade de falar verdades... Verdades não são para serem ditas.      - Isabele, olha o paradoxo desta tua frase...      - Para o que...      - Paradoxo. Para os menos acostumados com o vernáculo, paradoxo é uma especie de contrassenso, absurdo ou disparate.      - Tu e esta mania de me chamar de i

DSK, o homem "respeitável"

     Imaginem um homem poderoso. Um homem influente. Um homem "respeitável". Este homem entra num avião, se dirige à primeira classe, lugar onde sempre se acomoda quando viaja de avião. Afinal, é o todo poderoso, não existe outro lugar para este homem a não ser a primeira classe de uma aeronave. Pelo menos até então.      Mas antes de se deslocar até este avião, o "respeitável" senhor abusou de uma camareira do hotel de luxo onde estava hospedado. Muitos ao imaginar esta situação têm a certeza de que nada iria acontecer a este senhor poderoso, temos certeza de que ele iria para o seu destino e aquela camareira conviveria com esta chaga, ser abusada por um homem poderoso e nada poder fazer porquanto ninguém acreditaria nela. Mas não foi o que aconteceu nestes últimos dias nos Estados Unidos.      Muitos de nós criticamos os Estados Unidos. Na adolescência tínhamos como objeto da nossa ira este país imperialista. Afinal, éramos e ainda somos a parte do mundo explorada