Pular para o conteúdo principal

Primeiros momentos e impressões de Caxias do Sul

     Estou em Caxias do Sul. Cheguei no domingo dia 26 de Julho.
    Na segunda comecei a procurar apartamento para morar, esta é sempre uma atividade estressante, pois temos que combinar alguns detalhes, tais como localização, preço, vizinhança... e nem sempre estes vetores são compatíveis. Resolvi alugar um apartamento perto do parque dos macaquinhos. Num bairro muito interessante. Aliás, o parque dos macaquinhos é um lugar que irei desfrutar muito nos próximos anos, pois tem pista para corrida e caminhada, bem como pista para andar de bicicleta, aparelhos para fazer ginástica, entre outros atrativos para todas as idades.
     Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo nestes dias iniciais aqui em Caxias do Sul, um misto de ansiedade com um certo nervosismo. Estou saindo de uma cidade muito pequena para vir para uma cidade bastante grande se comparada a minha Iraí (cidade que me adotou nestes dois últimos anos).
     Tudo aconteceu de maneira muito rápida nestes dois últimos meses, neste período se decidiu que eu viria para Caxias do Sul. Vir para cá foi a melhor escolha que eu poderia ter feito, pois a cidade me recebeu de braços abertos, apesar de ser uma cidade grande me senti acolhido aqui. Existe o fato de eu ser apenas mais um na multidão e isto é muito bom, pois em cidades pequenas tu é o fulano de tal e assim é conhecido, todos sabem o que a acontece contigo, o que tu fala, o que tu fez ou deixou de fazer. Aqui não... somos desconhecidos e podemos fazer tudo mais livremente.
     Caxias do Sul nos recebeu com um frio abissal, foi um "belo" cartão de visitas, fazia muito tempo que não sentia tal frio... mas estou adorando esta sensação. Não estou acostumado com este frio, mas tenho certeza que irei me adaptar, pois o frio faz parte da minha vida, faz parte do meu sentimento, das minhas lembranças de infância, muito embora nestes dois últimos anos o frio não tenha feito parte da minha paisagem humana. Bom irei encerrando por aqui, mas amanhã, quero escrever mais. Abraços.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos 99%

     Somos uma parcela significativa de qualquer sociedade. Somos os 99%. Apesar de sermos a imensa maioria, ainda assim somos excluídos de quase tudo. Somos chamados somente quando os detentores das riquezas, os outros 1%, precisam de nossos sacrifícios.      Como é possível que uma sociedade, com alicerces tão frágeis, fique de pé por tanto tempo? Não tenho a resposta. Entretanto, sinto que algo está mudando e muito rapidamente. Esta sociedade injusta já não está mais tão firme e começa a ser questionada. Nos últimos meses estamos acompanhando vários movimentos sociais espraidos pelo mundo. É a voz dos 99% se fazendo ouvir. Estamos cansados de sacrifícios intermináveis. E sempre dos mesmos para os mesmos. Nunca são chamados os detentores da riqueza. Um porcento da população nunca se sacrifica, mas quando aparece alguma dificuldade, criada pela ganância deles, colocam de lado suas convicções e imploram ajuda dos governos. Estes governos que sempre foram chamados de ineficientes ou

Vivendo ao largo da vida...

     - Eu vivo ao largo da vida.      - Como assim?      - Isto mesmo. Eu vivo costeando a vida. Nunca me senti incluído em nenhum grupo social. Nunca convivi com nenhuma turma. Sempre fui muito sozinho.      - Mas hoje somos um casal e temos alguns amigos.      - Sim, mas são muito mais teus amigos do que meus. E para dizer a verdade são apenas conhecidos.      - Otávio, às vezes acho que tu é louco.      - Por quê? Talvez porque eu goste de falar a verdade? Pelo menos a minha verdade.      - É. Nem sempre gostamos de ouvir verdades.      - Mas eu gosto de falá-las.      - Otávio, tu tem esta mania de falar o português correto. Isto, sim, me incomoda. E também me irrita esta tua vontade de falar verdades... Verdades não são para serem ditas.      - Isabele, olha o paradoxo desta tua frase...      - Para o que...      - Paradoxo. Para os menos acostumados com o vernáculo, paradoxo é uma especie de contrassenso, absurdo ou disparate.      - Tu e esta mania de me chamar de i

DSK, o homem "respeitável"

     Imaginem um homem poderoso. Um homem influente. Um homem "respeitável". Este homem entra num avião, se dirige à primeira classe, lugar onde sempre se acomoda quando viaja de avião. Afinal, é o todo poderoso, não existe outro lugar para este homem a não ser a primeira classe de uma aeronave. Pelo menos até então.      Mas antes de se deslocar até este avião, o "respeitável" senhor abusou de uma camareira do hotel de luxo onde estava hospedado. Muitos ao imaginar esta situação têm a certeza de que nada iria acontecer a este senhor poderoso, temos certeza de que ele iria para o seu destino e aquela camareira conviveria com esta chaga, ser abusada por um homem poderoso e nada poder fazer porquanto ninguém acreditaria nela. Mas não foi o que aconteceu nestes últimos dias nos Estados Unidos.      Muitos de nós criticamos os Estados Unidos. Na adolescência tínhamos como objeto da nossa ira este país imperialista. Afinal, éramos e ainda somos a parte do mundo explorada