Todos os dias estamos à procura da crônica de nossas vidas. Algo a ser escrito que se prolongue além dos dias. Buscamos o que justifique o acordar diário. Mas o que encontramos? O que se revela a cada acordar? Os dias se repetem, sempre iguais, talvez com algumas discrepâncias, alguns tons diferentes, mas no fundo tudo se repete a cada amanhecer.
A crônica de encontros e desencontros diários pode ser escrita e reescrita, mas por mais que adjetivarmos ou substantivarmos sempre será mesma história, sempre será a mesma crônica. Um olhar para o mesmo, um escrever sobre o mesmo.
Imagino quem escreve diariamente e tem a necessidade de produzir um texto por dia que mantenha a atenção do leitor. Como encontrar um assunto, como prender a atenção do leitor. E quando o texto estiver terminado e enfim publicado, já tem que pensar no próximo e assim dia após dia. Que drama.
Pensando neste drama me dei conta que o ser humano é muito eficiente em transformar coisas prazerosas nas mais terríveis tarefas. Transformar amores em tristezas. Transformar vida em morte. Somos muito competentes em desvirtuar sentimentos...
Conseguimos transformar amores em tristezas e grandes amores nas mais intolerantes inimizades. Este é a nossa maior capacidade. Quem sabe é chegado o dia de deixar o amor comandar nossas ações. Ontem ao terminar mais um livro interessante do José Saramago, Claraboia, encontrei uma frase que mexeu comigo. Um diálogo entre dois personagens, Silvestre e Abel:
Silvestre agarrou-o pelos ombros e sacudiu-o:
- Abel! Tudo o que não for construído sobre o amor gerará ódio!
- Tem razão, meu amigo, Mas talvez tenha de ser assim durante muito tempo... O dia em que será possível construir sobre o amor não chegou ainda... José Saramago, Claraboia.
Talvez o amor ainda não seja o melhor adubo ou talvez não estejamos prontos para ter como indutor de nossas relações o amor. Talvez seja apenas uma digressão sem sentido. Continuarei na minha toada em transformar prazeres em inexoráveis tarefas hercúleas. Nisso sou muito bom.
Trilha Sonora:
Rhiannon - The Dance - Fleetwood Mac
You Make Loving Fun - The Dance - Fleetwood Mac
A crônica de encontros e desencontros diários pode ser escrita e reescrita, mas por mais que adjetivarmos ou substantivarmos sempre será mesma história, sempre será a mesma crônica. Um olhar para o mesmo, um escrever sobre o mesmo.
Imagino quem escreve diariamente e tem a necessidade de produzir um texto por dia que mantenha a atenção do leitor. Como encontrar um assunto, como prender a atenção do leitor. E quando o texto estiver terminado e enfim publicado, já tem que pensar no próximo e assim dia após dia. Que drama.
Pensando neste drama me dei conta que o ser humano é muito eficiente em transformar coisas prazerosas nas mais terríveis tarefas. Transformar amores em tristezas. Transformar vida em morte. Somos muito competentes em desvirtuar sentimentos...
Conseguimos transformar amores em tristezas e grandes amores nas mais intolerantes inimizades. Este é a nossa maior capacidade. Quem sabe é chegado o dia de deixar o amor comandar nossas ações. Ontem ao terminar mais um livro interessante do José Saramago, Claraboia, encontrei uma frase que mexeu comigo. Um diálogo entre dois personagens, Silvestre e Abel:
Silvestre agarrou-o pelos ombros e sacudiu-o:
- Abel! Tudo o que não for construído sobre o amor gerará ódio!
- Tem razão, meu amigo, Mas talvez tenha de ser assim durante muito tempo... O dia em que será possível construir sobre o amor não chegou ainda... José Saramago, Claraboia.
Talvez o amor ainda não seja o melhor adubo ou talvez não estejamos prontos para ter como indutor de nossas relações o amor. Talvez seja apenas uma digressão sem sentido. Continuarei na minha toada em transformar prazeres em inexoráveis tarefas hercúleas. Nisso sou muito bom.
Trilha Sonora:
Rhiannon - The Dance - Fleetwood Mac
You Make Loving Fun - The Dance - Fleetwood Mac
verdade. cada dia sinto menos vontade de acordar e mais vontade de morrer.
ResponderExcluir