Cinco anos se passaram desde minha primeira passagem por Montevideo. Quis o destino que eu voltasse para esta cidade encantadora. Coisa do destino de todos nós. Mais uma vez estou aqui, mais uma vez por motivos puramente felizes, vivenciando a vida que não é de todos os dias, o que, frise-se, é uma pena, poderia ser assim todos os dias, mas não é. Entretanto, esta é uma outra questão. Dura questão.
Ao voltar a Montevideo me senti vivendo os mesmos dias de cinco anos atrás, entretanto, se passaram cinco longos anos. O mundo e nós mudamos. O mundo começou a viver mais uma das tantas crises criada pelos mesmos de sempre e com os efeitos sobre a mesma classe sofrida de sempre, os excluídos da festa. Aqui se percebe as mesmas discrepâncias econômicas, para não usar outro termo menos nobre. Os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres. Montevideo nestes cinco anos mudou, o sofrimento de alguns é perceptível. A cidade como um todo sofre as consequências da ganância dos que sempre querem mais, mas que pouco produzem além de operações financeiras sem lastro.
É facilmente perceptível que mudamos nestes cinco anos – o mundo e nós – fomos obrigados a mudar. Sofremos nestes cinco anos, por óbvio também gozamos, mas um gozo preocupado, um gozo trancado ou suspenso pelo futuro incerto. Nossas vidas não podem ser dissociadas de tudo que nos cerca, não é possível viver na redoma por vezes criada para que possamos continuar seguindo em frente. Por vezes quebramos a redoma e sentimos o frio do futuro incerto.
Montevideo é uma conjunção de sentimentos, me transporta para um passado nunca vivido – revoluções, lutas, independências, sangue – e uma Lua de Mel. Isso mesmo, minha lua de mel foi aqui em MVD. Sai de carro – cinco anos atrás – com destino certo, mas sem saber os caminhos que me levariam àquele destino. Foi mágico. Lá estava ela comigo, minha companheira de lutas e jornadas sem sentido. Ela com sua pureza, com sua alegria, com seu pragmatismo, seu saber e, acima de tudo, com seu amor imensurável. Naquele passado não tão distante éramos de um jeito, éramos sonhadores, éramos simples, éramos nós. Hoje quando voltamos aqui somos diferentes, construímos uma relação complexa, onde não há certo ou errado. Há o que queremos para nós. Há o amor para dirigir nossa vida. E aqui mais uma vez sentimos, juntos, que valeu a pena viver tudo que vivemos até aqui. Somos um casal há dez anos, somos casados desde cinco anos. E podemos dizer em alto e bom som que somos felizes dentro desta vida louca que escolhemos viver. Aqui percebemos que é possível viver uma vida normal, não sendo normal ou fazendo tudo igual a todo mundo. Sentimos que é possível seguir em frente mesmo sofrendo, percebemos que é fácil ser felizes, basta sermos nós, basta querermos seguir em frente, mesmo quando seguir em frente não seja tão fácil, mesmo quando seguir em frente seja mais difícil do que pegar um outro caminho.
Ao sentarmos de frente para o Rio da Prata sentimos que o nosso caminho é simples, que foi simples ficarmos juntos, mas ao mesmo tempo foi difícil. Foi, por vezes, sofrido, como por vezes a vida é sofrida. Ao olharmos para trás, com testemunha do Rio da Prata, finalmente percebemos que nosso amor é nosso e somente nosso. Não se explica o que sentimos um pelo outro, apenas se sente, foi aí que tudo se aclarou para este blogueiro cheio de inseguranças, fui feito para viver com quem hoje vivo e ela foi feita para viver com este louco blogueiro. O Rio da Prata apenas testemunhou mais uma revelação. A revelação de um amor maduro que aprende com o tempo, que aprende com os erros e acertos da vida de todos os dias. Ao pisar neste solo eu estava diluído em sentimentos estranhos, sentimentos não muito claros sobre tudo que me cerca. Ao sair daqui me sinto novamente disposto a seguir na luta de todos os dias, mesmo que esta luta seja perdida, mesmo que esta luta não leve às mudanças que desejo, senti que é possível seguir em frente sonhando com o que sonhei até aqui. Por uma simples razão, existe alguém que sonha o mesmo sonho que sonho... Obrigado RaqVenture, somos quem somos porque sonhamos juntos. Nos Vemos... para sempre.
Ao voltar a Montevideo me senti vivendo os mesmos dias de cinco anos atrás, entretanto, se passaram cinco longos anos. O mundo e nós mudamos. O mundo começou a viver mais uma das tantas crises criada pelos mesmos de sempre e com os efeitos sobre a mesma classe sofrida de sempre, os excluídos da festa. Aqui se percebe as mesmas discrepâncias econômicas, para não usar outro termo menos nobre. Os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres. Montevideo nestes cinco anos mudou, o sofrimento de alguns é perceptível. A cidade como um todo sofre as consequências da ganância dos que sempre querem mais, mas que pouco produzem além de operações financeiras sem lastro.
É facilmente perceptível que mudamos nestes cinco anos – o mundo e nós – fomos obrigados a mudar. Sofremos nestes cinco anos, por óbvio também gozamos, mas um gozo preocupado, um gozo trancado ou suspenso pelo futuro incerto. Nossas vidas não podem ser dissociadas de tudo que nos cerca, não é possível viver na redoma por vezes criada para que possamos continuar seguindo em frente. Por vezes quebramos a redoma e sentimos o frio do futuro incerto.
Montevideo é uma conjunção de sentimentos, me transporta para um passado nunca vivido – revoluções, lutas, independências, sangue – e uma Lua de Mel. Isso mesmo, minha lua de mel foi aqui em MVD. Sai de carro – cinco anos atrás – com destino certo, mas sem saber os caminhos que me levariam àquele destino. Foi mágico. Lá estava ela comigo, minha companheira de lutas e jornadas sem sentido. Ela com sua pureza, com sua alegria, com seu pragmatismo, seu saber e, acima de tudo, com seu amor imensurável. Naquele passado não tão distante éramos de um jeito, éramos sonhadores, éramos simples, éramos nós. Hoje quando voltamos aqui somos diferentes, construímos uma relação complexa, onde não há certo ou errado. Há o que queremos para nós. Há o amor para dirigir nossa vida. E aqui mais uma vez sentimos, juntos, que valeu a pena viver tudo que vivemos até aqui. Somos um casal há dez anos, somos casados desde cinco anos. E podemos dizer em alto e bom som que somos felizes dentro desta vida louca que escolhemos viver. Aqui percebemos que é possível viver uma vida normal, não sendo normal ou fazendo tudo igual a todo mundo. Sentimos que é possível seguir em frente mesmo sofrendo, percebemos que é fácil ser felizes, basta sermos nós, basta querermos seguir em frente, mesmo quando seguir em frente não seja tão fácil, mesmo quando seguir em frente seja mais difícil do que pegar um outro caminho.
Ao sentarmos de frente para o Rio da Prata sentimos que o nosso caminho é simples, que foi simples ficarmos juntos, mas ao mesmo tempo foi difícil. Foi, por vezes, sofrido, como por vezes a vida é sofrida. Ao olharmos para trás, com testemunha do Rio da Prata, finalmente percebemos que nosso amor é nosso e somente nosso. Não se explica o que sentimos um pelo outro, apenas se sente, foi aí que tudo se aclarou para este blogueiro cheio de inseguranças, fui feito para viver com quem hoje vivo e ela foi feita para viver com este louco blogueiro. O Rio da Prata apenas testemunhou mais uma revelação. A revelação de um amor maduro que aprende com o tempo, que aprende com os erros e acertos da vida de todos os dias. Ao pisar neste solo eu estava diluído em sentimentos estranhos, sentimentos não muito claros sobre tudo que me cerca. Ao sair daqui me sinto novamente disposto a seguir na luta de todos os dias, mesmo que esta luta seja perdida, mesmo que esta luta não leve às mudanças que desejo, senti que é possível seguir em frente sonhando com o que sonhei até aqui. Por uma simples razão, existe alguém que sonha o mesmo sonho que sonho... Obrigado RaqVenture, somos quem somos porque sonhamos juntos. Nos Vemos... para sempre.
Trilha Sonora:
Mustang Sally - Wilson Pickett - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
O Milho E A Inteligencia - Vitor Ramil - A Paixao De V Segundo Ele Proprio
Gaudério - Vitor Ramil - A Estética do Frio
Sol - Vitor Ramil - À beça
Here I Go Again - Various Artists - Classic Rock Gold Disc 2
The Star Spangled Banner - U2 - Rattle And Hum
Primavera (Vai Chuva) - Tim Maia - In Concert
O Raio - Tambo Do Bando - 20 Mais
The Way It Is - The Strokes - Room On Fire
Doubletake - Spyro Gyra - Breakout
Mother's Little Helper - The Rolling Stones - Singles Collection - The London Years (Disc 2)
I Want To - Be Loved - The Rolling Stones - Singles Collection - The London Years (Disc 1)
Infamy - The Rolling Stones - A Bigger Bang
4:58 AM (Dunroamin, Duncarin, Dunlivin) - Roger Waters - The Pros & Cons Of Hitch Hiking
Hit The Road Jack - Ray Charles - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Next To You - The Police - The Police
Miss Gradenko - The Police - Message in a Box
See-Saw - Pink Floyd - A Saucerful Of Secrets
Are You Going With Me? - Pat Metheny Group - Travels (Disc 1)
James - Pat Metheny Group - Offramp
Song for the Boys - Pat Metheny - One Quiet Night
Omaha Celebration - Pat Metheny - Bright Size Life
Hey Ya! Outkast - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Hysteria - Muse - Absolution
Comentários
Postar um comentário
Interaja com Ledventure...