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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Mais um dia normal...

     Hoje é mais um dia normal. Como a maioria dos outros dias. Sem sobressaltos ou algum acontecimento fora do comum. É mais um dia depois do outro. A vida é esta sucessão de dias normais.      Acordamos, trabalhamos e dormimos. Talvez este seja um resumo muito sucinto, mas é muito próximo da realidade. Hoje quando sai da garagem de casa, como faço todos os dias, tudo estava igual. A mesma luminosidade do dia, dobrei nas mesmas esquinas, carros passavam como todos os dias e eu pensando nas mesmas coisas. Será que todos a minha volta estavam tão absortos em seus devaneios? Será que pelo menos alguém pensava em alguma forma de mudar tudo que nos cerca? Será que alguém resolveu, enfim, fazer algo diferente e experimentar a mudança de paradigmas? É bem provável que não. Continuam as mesmas diferenças sociais, os mesmos sofrimentos, as mesmas injustiças, pois é mais um dia normal.      Eu dentro daquele carro parado em alguma sinaleira pelo caminho, mais uma vez, me vi pensando no porquê

A Aeromoça 2

     Este post é a continuação de A Aeromoça. Até porque o título assim sugere. Portanto, para entender o que se passa leia primeiro:  A Aeromoça      Rodrigo não entendia o porquê de estar sendo preso. Os Policiais Federais não diziam que ele estava sendo preso, mas sim detido. Rodrigo pensou que pouca diferença fazia em ser preso ou detido, afinal não podia sair daquela sala...        Algumas horas se passaram até que chegou o delegado. Rodrigo constatou que o delegado era um homem bonito, mas logo retirou este pensamento da cabeça e concluiu que ele era bem apessoado, assim ficava melhor. O Delegado sentou-se bem em frente de Rodrigo e falou:        - Que papelão cidadão. Fiquei sabendo que o senhor deu um piti no voo Rio-Paris. Eu estava em casa e tive que vir até aqui para resolver esta situação.        - Dr. Delegado. Em primeiro lugar não fiz papelão nenhum. Muito menos dei um piti, apenas queria confirmar se a aeromoça era o meu colega de colégio, chamado Carlinho

Até quando?

     Até quando teremos que conviver com a violência policial contra os movimentos sociais? Esta pergunta surgiu para mim quando mais uma vez assisti cenas que poderiam ser filmadas em uma praça de guerra. Mas não foram. Ao cumprir um mandado judicial de desocupação em São Paulo, a força policial ultrapassou todos os limites. Mas a barbárie não pára por aí. Os comandantes da operação afirmavam candidamente na televisão que não havia motivo para preocupação, pois os policiais utilizavam armamento não letal. Eu assisti cenas de disparos de tiros de borracha à queima roupa e espancamentos de pessoas que visivelmente não esboçavam nenhuma reação. Senhores Comandantes, eu não gostaria de ser alvejado por balas de borracha ou qualquer outro tipo de munição. Tenho certeza que os senhores também não. O pior de tudo é ver um Governador de Estado referendando tais ações. Será que só eu fico pasmado ao ver aquelas cenas? Tenho convicção que não. Somos muitos, mas ainda somos silenciosos. Um dia

Talvez o bem que você queira para mim não seja o bem que necessito

     Talvez o bem que você queira para mim não seja o bem que necessito... Manuela ficara lendo o final daquela carta escrita por Lucas. "Talvez o bem que você queira para mim não seja o bem que necessito." Este fora o final daquela carta e de anos de relacionamento. Manuela pensava onde fora o momento que perdera o seu grande amor. Esta era a única resposta que queria. Não queria saber o porquê, mas sim onde. Sempre amará aquele homem. Desde o início este fora o amor de uma vida e estava terminado. Onde começou a perder este amor?      Manuela andava sem direção. Pensava sem conclusão. Tinha que tentar descobrir. Mas como? Lucas largou tudo e sumiu. Nem o telefone atendia. Ela continuava a andar sem rumo. Pensava em colocar fogo naquela carta e esquecer aquele final. Mas não conseguia. Simplesmente não conseguia, por mais que tentasse. Mas o que ele queria dizer, eu sempre quis o bem para ele e para nós. Sempre lutei por aquele amor que sentíamos. Por isso não entendo o por

A Aeromoça

     Os preparativos para o voo transcorriam normalmente. Na aeronave apenas dois lugares vazios. Naquela fileira de três poltronas estava sentado um solitário Rodrigo. A aeromoça começa a demonstrar os procedimentos em caso de alguma emergência. Rodrigo fica a olhar o horizonte, preparando-se para mais uma longa viagem. Neste instante Rodrigo resolve prestar atenção na aeromoça. E para sua surpresa, reconhece-a como um ex-colega de aula. Isso mesmo, era o Carlinhos. Mas ele está com uniforme de AEROMOÇA... Como? Ele é homem! Pelo menos era. Rodrigo, agora absolutamente surpreso fixa os olhos na aeromoça, ou seria, aeromoço. Não entendia mais nada.      O voo seria longo, afinal, era uma viagem transcontinental. Haveria muito tempo para esclarecer aquela história. A primeira hora transcorreu normalmente. Mas Rodrigo ficara pensando no Carlinhos e em como ele havia se transformado numa AEROMOÇA. Este mundo é muito louco. Ou melhor, está evoluindo. Já convivemos com a diversidade. Será?

A faxina

     Hoje, enfim, o ano começa para mim. Estou de volta ao lar. E como todo começo de ano resolvi fazer uma pequena faxina nas minhas coisas. É surpreendente como vamos acumulando coisas inúteis no decorrer dos anos que pensamos serem úteis em algum momento futuro e nunca são mais utilizados. No final das contas esta é uma forma de egoísmo. Não queremos compartilhar, queremos apenas acumular. Hoje olhando para as sacolas que retirei do quarto me questionei por que somos assim.  Ou melhor por que sou assim? Sinceramente não sei, mas estou mudando, necessito mudar, o mundo necessita mudar. Não dá para continuar do jeito que está. As coisas que estão naquelas sacolas poderiam ser úteis para alguém, mas o meu egoísmo não permitiu.      Ao final da tal faxina me senti melhor, me senti me desapegando a estas coisas materiais. A matéria que importa é o nosso corpo. Este estando bem o resto é apenas o resto. Olho ao meu redor e vejo muita coisa sem importância. Nesta recente viagem que fiz vi

Um novo blog está no ar...

     Caros Leitores e Leitoras.      Hoje notei que uma nova e avassalador paixão invadiu meu coração. A fotografia. Estava postando algumas aqui no LedVenture, mas acho que tornará muito carregado o nosso blog. Nosso porque pertence a todos que de alguma forma contribuem com o blog, seja conversando comigo, dando dicas, mandando alguns textos ou mesmo lendo.      Por isso criei um blog voltado a esta paixão.Comprei uma máquina bem legal, estou usando alguns programas para tratar as imagens, algo muito amador, mas a minha escrita é amadora, então agora me dividirei entre duas paixões. A escrita e a fotografia. Quem quiser acesse o novo blog...  Imago LedVenture .. Ps. Também criei o ImagoLedventure, pois as fotos estavam demorando para carregar aqui no LedVenture.  Mas esta explicação retira um tanto a magia do motivo da criação do novo blog. Prefiro a primeira explicação é muito mais literária e também verdadeira.

Não leia...

     Agora quando entro em aeroportos me lembro do programa da Astrid,   Chegadas e Partidas . Programa interessantíssimo, um dos poucos que se pode assistir na televisão brasileira. Em tempos de Big Brother é um oásis. Mas como eu ia escrevendo ao entrar em algum aeroporto me vem na lembrança o referido programa. E as histórias de vida de cada um que Chega ou Parte. Aqui neste aeroporto isolado de tudo olho para o lado e vejo famílias inteiras, pessoas solitárias, casais com ou sem filhos. Irei passar as próximas horas num aeroporto e as histórias destas pessoas que me cercam intrigam este blogueiro. O que estas pessoas tem em comum comigo? Quais as diferenças entre elas e mim? A primeira grande diferença é que somente eu escrevo e ouço música (estou de boné, fones, óculos escuros e escrevendo). Muitos olham fotos, alguns jogam cartas (a tarde será longa para todos), outros navegam pela internet em smartphones, iPads ou outros aparelhos. Eu escrevo e me divirto com estas palavras que

LedVenture Imagens XIII

Alguém está feliz...

Nos Vemos

     Nossas vidas são feitas de despedidas. Sejam amores, pessoas, lugares, empregos, enfim, vivemos nos despedindo. Aprendemos desde a mais tenra idade a encarar estas despedidas. Lembro quando deixei para trás a certeza de que o Papai Noel existia. Foi numa praia de nome muito sugestivo, Jardim do Éden. Lá foi a despedida do menino, ficaram guardadas naquela praia as crenças de uma criança. Quando passo por lá, vejo o menino que não era Led, muito menos LedVenture. Não tenho nostalgia, nunca fui nostálgico, tudo pelo que passamos tem seu tempo de partir. Claro que às vezes sinto saudades, mas não aquele sentimento perdido no tempo... Por isso vivo tanto o presente e espero muito do futuro, pois o passado foi muito bom e passou para dar lugar ao futuro promissor. Assim pensei desde de cedo. Quando descobri que o tal Papai Noel não existia, fiquei feliz por saber que poderia pedir os presentes diretamente para a minha família, sem intermediários.      Começo mais uma despedida, a segu

LedVenture Imagens II

Simples e Complexo, começo a entender este ciclo

Liberdade de Expressão versus Dignidade da Pessoa Humana

     Hoje, mesmo separado por alguns quilômetros, debati com um grande amigo meu. Debatemos através deste meio incrível que é a internet. Nossa discussão baseou-se em qual valor é o mais importante numa sociedade, a Liberdade de Expressão ou a Dignidade da Pessoa Humana. Em primeiro lugar tenho que contextualizar esta discussão. Este amigo divulgou uma notícia de médicos cubanos no Haiti e o trabalho maravilhoso que eles fazem naquele país. Eu de minha parte enalteci o trabalho destes abnegados profissionais cubanos e lamentei que em Cuba faltava o bem maior em qualquer sociedade que é a Liberdade de Expressão. E a partir destes pontos debatemos saudavelmente.      E desde aquele momento fiquei pensando sobre estes dois valores, a dignidade da pessoa humana e a liberdade de expressão. Claro que uma sociedade é alicerçada em alguns valores essenciais:      * Respeito à vida, pois caso contrário seríamos uma sociedade autofágica;      * Estimular e proporcionar educação, para que haja