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Mostrando postagens de junho, 2012

Você!

     Não sei.      Simples assim.      Você não entende.      Eu, por vezes, entendo.      Nós apenas nos olhamos e sofremos.      Mas não foi sempre assim, você por breves momentos me entendeu.      Logo me perdeu, se perdeu, nos perdemos.      Onde erramos?      Não sei.      Apenas aprendi a amar por você. Trilha Sonora: I Never Missed Someone Before - Fun and Games - Chuck Mangione Subte - Tambong - Vitor Ramil Valérie - Tambong - Vitor Ramil Só Você Manda em Você - Tambong - Vitor Ramil Estrela, Estrela - Tambong - Vitor Ramil

Felicidade de nossos bichos de estimação e de nós mesmos

     Hoje escrevo olhando o Che. Para quem não sabe, Che Guevara é o mais novo integrante da família deste blogueiro. Um cachorro especial. No dia 05 de março escrevi o seguinte texto:  Nosso bichos de estimação  onde fazia alguns comparativos entre os gastos com nossos animais de estimação e os gastos em saúde, educação entre outras coisas.      A vida nos apresenta muitas surpresas. E quando menos esperamos encontramos nossas contradições, encontramos novas formas de agir. Escrevo olhando o Che. Ele procurou uma nesga de sol que invade a casa e se aninhou ali. Esta ali com seu jeito simples, com sua forma destemida de encarar o mundo. Sempre descobrindo novos jeitos de agir face a sua falta de visão. Ele começa a me mostrar que quem não enxerga sou eu. Ele vê muito bem. Che lagarteando...      Lá em março eu pensava de uma forma estanque, só me concentrando em um dos lados da questão. Esqueci que a vida é muito mais complexa e não tem uma única maneira de ser encarada. Evidente

Simplesmente Che

     De ontem até hoje escrevi vários rascunhos, todos estão parados a espera de um final, de um desenrolar ou mesmo um começo. Alguns estão completamente em branco, outros com algumas frases desconexas. A quem importa? São apenas frases sem sentido. Pelo menos assim me parece.      Reescrevi várias vezes as frases iniciais, apaguei outras tantas. Não entendo porque quero tanto escrever. Me revelar nestas linhas. Quem as lê percebe quem sou eu, mesmo que não me conheça, aos poucos começa a entender este cara que se esconde por de trás destas linhas sem sentido.      Mas na verdade quem somos nós? Por que mantemos as rotinas de todos os dias? Por que entramos na loucura imposta por esta sociedade que nos cerca? Na verdade nos entregamos a "eles" desde que nascemos. Quando somos batizados começamos a perder o controle de nossas vidas. É bem verdade que nesta primeira entrega não temos nenhuma interferência, quem a faz são nossos pais, reproduzindo o comportamento de seus pais

Domingos de todos nós

     O cotidiano por vezes é incrível.      Como sempre faço aos domingos, me acordei bem cedo e sai para caminhar pela cidade. Gosto do clima de domingo, gosto de andar sem rumo pela cidade que foi dormir tarde e vai acordando aos poucos.      Caminhar por lugares diferentes me desperta a curiosidade. Sempre gostei de caminhar sem rumo, ainda mais num domingo como qualquer outro. Hoje passei por uma parte da cidade onde a música estava sendo executada a todo volume. Aquelas batidas típicas de festas estavam pulsando, reverberando por ruas desertas. Apenas eu caminhando e envolvido pelas batidas compassadas da música. Latinhas de cervejas, garrafas quebradas, pessoas jogadas pelos cantos. Ao largo observo uma casa noturna, pessoas dançando, fumando, conversando como se fora o início da noite, a procura de uma felicidade perdida em algum canto de suas vidas. Isso oito e pouco da manhã. Fico sempre impressionado com a disposição de quem se propõe a dançar uma noite toda e mantém a me

Vida em anacruse

     Já escrevi vários inícios. Muitos refeitos ou deletados.      Tentativas vãs. Ou melhor, tentativas desfeitas, mas não vãs, pois todas, absolutamente todas me ensinaram alguma coisa. Na verdade pouco importa, porque a cada início tudo se repete. Queria que fosse diferente. Talvez como a música que está tocando.  Follow Me  do disco  Imaginary Day do Pat Metheny  é a música perfeita para retratar o que quero dizer. Esta música já inicia no meio de um compasso, o que recebe o nome de anacruse, acho que é este o nome.      A vida poderia ser uma grande anacruse. Explico. Primeiramente tenho que tentar definir anacruse como a ausência de tempos no primeiro compasso de uma melodia. Não sou músico, por isso defino a anacruse de forma tão simplória e tosca. O que quero dizer com esta figura de linguagem é que seria mais fácil se a vida fosse em anacruse, ou seja, quando menos esperássemos já estaríamos vivendo, sem nenhum subterfúgio ou intróito. Não prepararíamos nada. Não desperdiçar

Paixões

     Quando sento para escrever quase nunca sei o que irá sair. Fico pensando sobre tantas coisas, tantos sentimentos. Hoje por exemplo sentei aqui apenas para passar o tempo. Mas ao mesmo tempo preciso visceralmente escrever. Quando estou muito feliz preciso escrever. Quando estou triste só penso em escrever. Escrever é uma forma de continuar vivendo, mesmo quando estou triste ou alegre. Hoje sei que escrevo para exorcizar alguns demônios. Escrever é uma paixão relativamente nova, como muitas outras na minha vida. Vivo a me apaixonar. Preciso me apaixonar, como a lua precisa do sol para brilhar.      Apaixonar-se este é o mantra a ser entoado por todos que vivem esta vida, talvez seja este o tema a ser desenvolvido hoje. Ou não. De uns tempos para cá me descobri apaixonado pela escrita. Todos os dias sou surpreendido por uma paixão que invadiu minha vida e que não deixou nenhuma via de fuga. Por exemplo, agora deveria esta na estrada a procura de alguma paisagem perdida, mas estou aq

"Vai lá e seja feliz"

     Mais uma vez este blog me surpreende. Recebo uma contribuição de um(a) leitor(a) que se identificou somente com a expressão " Take it Easy ". Ao ler o texto enviado gostei muito e resolvi publicá-lo. Muito interessante esta vida de blogueiro neófito, os leitores querem participar desta obra aberta que é o LedVenture. Continuem enviando contribuições... Por Take it Easy      Um dia alguém me disse "vai lá e seja feliz". Simples assim.      Sem pensar eu fui lá e fui feliz.      Com o tempo comecei a pensar sobre o ser feliz e usar a razão para manter a aquela felicidade.      O primeiro e maior erro. A felicidade não é pensada. A felicidade não é planejada, é simplesmente vivida.      Como todos fui vivendo a vida e aos poucos deixei de lado aquela frase que me disseram no início da caminhada. Fui agregando conhecimento, experiências, "saberes" e me distanciando cada vez mais da simples felicidade. Volta e meia me questionava sobre o que era a

Reflexão em uma noite fria.

     Não há nada mais intenso do que o cotidiano.      Isso mesmo. Acordamos todos os dias e fazemos basicamente as mesmas coisas, passamos pelos mesmos lugares, falamos com as mesmas pessoas, sempre tudo muito igual.      Mas de uma hora para outra, num cruzamento qualquer ou numa sinaleira pelo caminho olhamos o diferente. E aí tudo a nossa volta se modifica. O que é isso? Só pode ser o encanto do cotidiano se revelando aos nossos olhos. Às vezes aquela imagem que nos surpreendeu sempre está ali, mas como estamos assoberbados deixamos de olhar com os olhos de ver, com os olhos de sentir, com os olhos de acreditar que pode ser diferente.      Por que escrevo sobre isso. Não sei, talvez seja porque não tenho nada mais para escrever, talvez esteja fantasiando o cotidiano enfadonho de todos nós. Talvez, talvez e talvez. Mas pense no seu cotidiano. Pense em tudo com o que você cruza todos os dias. Perceba que muita coisa é deixada de lado. Repare que passamos por cima dos detalhes qu

Wish You Were Here

     Hoje pensei muito em você.      É difícil explicar. Não é possível entender. Tudo de uma hora para a outra muda e, de repente, muda de novo e de novo. É assim que te vejo, é assim que te quero e te preciso.      Como pude viver tantos anos sem você. Como pude andar por aí, cruzar por você inúmeras vezes e não entender quem você era de verdade. Andava pelos mesmos lugares, mas não te sentia ou percebia. Muitas vezes podemos ter nos cruzado, mas a vida tem suas particularidades e não permite encontros fortuitos. Ou não permitia.       Nosso primeiro encontro se deu onde menos poderíamos esperar. Uma sala como outra qualquer e não percebi que estava cruzando uma linha perigosa. Você cercada por muitas pessoas e dando prazer a todas elas. Ao te olhar percebi que nada mais seria daquela forma que até então acreditava ser o certo. No outro momento já te tinha nos meus lábios. Que sensação estranha, parecia que estava saindo do meu corpo, mas ao mesmo tempo tinha o controle de tudo