Faz algum tempo que não escrevo. Existem muitas razões para este "silêncio da escrita". A principal é o aumento exponencial de atividades relacionadas ao meu trabalho, mas não era só isso. Talvez este blogueiro neófito e, por consequência, o blog estejam passando por uma fase de reavaliações. Cruzei por alguns caminhos que não foram os melhores. Cruzei com pessoas que me ensinaram o que e como não fazer. Percebi que tenho muito o que aprender. Estou em constante aprendizado, isso é muito bom. Estou vivo. É bom viver, embora às vezes não seja tão fácil. A vida segue os seus trâmites, como um processo, como uma linha de montagem de uma fábrica qualquer ou como as engrenagens de uma grande máquina. Às vezes estas engrenagens nos mutilam, retiram nossa capacidade de entendimento. Em outros momentos driblamos esta máquina moedora de mentes e pessoas. Tudo que passamos nos fortalece em nossas escolhas. O melhor de tudo é percebermos que as escolhas que fizemos são as mais acertadas. Sou novamente aquele LedVenture pronto para descobrir os encantos dos caminhos escolhidos pela vida. Me sinto novamente estimulado a escrever aqui neste blog sem sentido, mas com destino certo e determinado. A vida segue os seus andamentos normais e isso é muito bom. A vida é o melhor caminho (até parece slogan de algum produto qualquer).
Passadas as atribulações decorrentes da minha vida profissional, recomecei a viver a vida normal de todos os dias, que em muitos momentos incomoda, mas que eu sentia saudades sem tamanho. Estes dias estava assistindo um documentário sobre as manifestações no mundo Árabe. Primeiro me revolto com esta expressão mundo Árabe. Não existe mundo Árabe, mundo Americano, Europeu ou qualquer outro mundo, existe tão somente o nosso mundo, o mundo de todos nós. Ou o mundo que queremos melhorar... Mas todos insistem em nomenclaturas, apesar de serem segregacionistas. Preciso voltar ao tema deste post. Quando assistia o referido documentário sobre os protestos no Oriente Médio, percebi que tudo o que aqueles jovens queriam no início do movimento conhecido como Primavera Árabe era mudar o mundo, mudar suas vidas e de todos que, como eles, viviam aquela vida sem muito sentido e nenhuma liberdade.
Mas com o tempo tudo mudou, os anseios foram trocados, os sonhos ficaram pelo caminho atrás de discussões infindáveis. Algo parecido aconteceu no movimento Occupy Wall Street, as discussões sobre coisas cotidianas do acampamento ganharam dimensões incontroláveis. O meio tornou-se o objeto e enquanto a finalidade inicial perdeu importância, ou melhor, ficou em segundo plano. Nestes movimentos sociais geralmente ocorre esta perda de foco. Os egos individuais são inflados acarretando uma troca de objetivos. No início todos têm a intenção de mudar o que lhes cercam, mas com tempo as intenções cedem espaço aos individualismos de cada um. Assim somos e assim seremos. Claro que temos a esperança de um dia isto mudar. A cada novo movimento a "certeza" de que será diferente surge... Mas tudo se repete de forma avassaladora, a história está aí para provar a verdade desta afirmação.
Por incrível que pareça eu ainda acredito que tudo pode ser diferente. Tem que ser diferente. Espero ainda ser testemunha de movimentos sociais que reflitam os anseios de parcelas da população, espero vivenciar esta mudança de comportamentos e o surgimento de resultados palpáveis para todos. Entretanto, a primeira mudança deve ser de consciência, o ser humano deve perceber as suas necessidades e não simplesmente internalizar necessidades "fabricadas" ou impostas a todos nós. Não é simples, mas é necessário, só então teremos uma chance, não apenas no que tange aos movimentos sociais, mas também em relação ao próprio ser humano. Até tempos atrás eu não tinha muito esperança no ser humano, agora algo mudou dentro de mim, passei a acreditar na mudança de todos nós. A mudança está dentro da gente, basta simplesmente olharmos com mais atenção para o nosso interior. Claro que só este olhar não servirá muito, temos que levantarmos nossas bundas da cadeira e fazermos parte da mudança, se é que queremos alguma mudança.
Eu quero. E você?
Trilha Sonora:
Tangodrome - Bajofondo TangoClub - Supervielle
Moody Blues - Question - Clássicos - Rock 500
Give Me Love, Give Me Life - Roger Hodgson - In The Eye Of The Storm
Emotional Rescue- The Rolling Stones - Emotional Rescue
Final Caja Negra - Soda Stereo - Signos
Ize Of The World - The Strokes - First Impressions Of Earth
Money - Pink Floyd - Rock 70´s
Goodbye Stranger - Supertramp - Rock 70´s
No Woman, No Cry - Bob Marley & The Wailers - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
A Hard Day's Night - The Beatles - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
The Harder They Come - Jimmy Cliff - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Pride (In The Name Of Love) - U2 - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Passadas as atribulações decorrentes da minha vida profissional, recomecei a viver a vida normal de todos os dias, que em muitos momentos incomoda, mas que eu sentia saudades sem tamanho. Estes dias estava assistindo um documentário sobre as manifestações no mundo Árabe. Primeiro me revolto com esta expressão mundo Árabe. Não existe mundo Árabe, mundo Americano, Europeu ou qualquer outro mundo, existe tão somente o nosso mundo, o mundo de todos nós. Ou o mundo que queremos melhorar... Mas todos insistem em nomenclaturas, apesar de serem segregacionistas. Preciso voltar ao tema deste post. Quando assistia o referido documentário sobre os protestos no Oriente Médio, percebi que tudo o que aqueles jovens queriam no início do movimento conhecido como Primavera Árabe era mudar o mundo, mudar suas vidas e de todos que, como eles, viviam aquela vida sem muito sentido e nenhuma liberdade.
Mas com o tempo tudo mudou, os anseios foram trocados, os sonhos ficaram pelo caminho atrás de discussões infindáveis. Algo parecido aconteceu no movimento Occupy Wall Street, as discussões sobre coisas cotidianas do acampamento ganharam dimensões incontroláveis. O meio tornou-se o objeto e enquanto a finalidade inicial perdeu importância, ou melhor, ficou em segundo plano. Nestes movimentos sociais geralmente ocorre esta perda de foco. Os egos individuais são inflados acarretando uma troca de objetivos. No início todos têm a intenção de mudar o que lhes cercam, mas com tempo as intenções cedem espaço aos individualismos de cada um. Assim somos e assim seremos. Claro que temos a esperança de um dia isto mudar. A cada novo movimento a "certeza" de que será diferente surge... Mas tudo se repete de forma avassaladora, a história está aí para provar a verdade desta afirmação.
Por incrível que pareça eu ainda acredito que tudo pode ser diferente. Tem que ser diferente. Espero ainda ser testemunha de movimentos sociais que reflitam os anseios de parcelas da população, espero vivenciar esta mudança de comportamentos e o surgimento de resultados palpáveis para todos. Entretanto, a primeira mudança deve ser de consciência, o ser humano deve perceber as suas necessidades e não simplesmente internalizar necessidades "fabricadas" ou impostas a todos nós. Não é simples, mas é necessário, só então teremos uma chance, não apenas no que tange aos movimentos sociais, mas também em relação ao próprio ser humano. Até tempos atrás eu não tinha muito esperança no ser humano, agora algo mudou dentro de mim, passei a acreditar na mudança de todos nós. A mudança está dentro da gente, basta simplesmente olharmos com mais atenção para o nosso interior. Claro que só este olhar não servirá muito, temos que levantarmos nossas bundas da cadeira e fazermos parte da mudança, se é que queremos alguma mudança.
Eu quero. E você?
Trilha Sonora:
Tangodrome - Bajofondo TangoClub - Supervielle
Moody Blues - Question - Clássicos - Rock 500
Give Me Love, Give Me Life - Roger Hodgson - In The Eye Of The Storm
Emotional Rescue- The Rolling Stones - Emotional Rescue
Final Caja Negra - Soda Stereo - Signos
Ize Of The World - The Strokes - First Impressions Of Earth
Money - Pink Floyd - Rock 70´s
Goodbye Stranger - Supertramp - Rock 70´s
No Woman, No Cry - Bob Marley & The Wailers - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
A Hard Day's Night - The Beatles - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
The Harder They Come - Jimmy Cliff - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Pride (In The Name Of Love) - U2 - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
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