- Às vezes me sinto andando no parapeito de um prédio muito alto.
- Eu me sinto cruzando de um prédio para outro através de um cabo de aço e sem rede de proteção.
Esta conversa é o resumo daquelas duas pessoas. Um amor que mexeu com três pessoas. Um amor separou três pessoas. Este mesmo amor foi a tábua de salvação de Mariana e Maria. Pelo menos enquanto foi possível amar sem limites.
Mariana apaixonou-se desesperadamente quando seus olhos cruzaram com os de Maurício . Quase na mesma época que Maria começou seu namoro com o mesmo Maurício . Duas mulheres e um único amor, o mais intenso já vivido por aquelas pessoas.
Maurício amava aquelas duas mulheres, amava diferentemente, amores que se completavam. Amores que nunca poderiam ser reproduzidos, porquanto únicos. Os três viveram aquelas relações que, aos olhos dos outros, era inconcebível. Mas para eles era perfeito. Não havia sentimento de posse, não havia controles, não havia limites, somente imperava o respeito e nada mais do que isso. Entretanto, e sempre tem algum entretanto, na cabeça de uma daquelas mulheres brotava um sentimento estranho àquele amor. Sentimento que começou pequeno, mas que aos poucos passou a ocupar mais e mais espaços.
Maria queria Maurício somente para ela, queria aquele amor apenas na sua vida. Mesmo que a relação a três estivesse perfeita. Aliás, a melhor relação que já vivera na vida. Maria não entendia que mesmo vivendo o único amor da sua vida, ainda houvesse espaço para o sentimento de posse. Sempre se lembrava da parábola do escorpião e do sapo que ouvia desde sempre:
Trilha sonora:
Hoje não houve trilha, o porquê não sei, mas simplesmente sentei e escrevi. Talvez esta história estivesse por muito a ser escrita. Não é muito original, mas é a minha forma de ver este amor, estranho amor...
- Eu me sinto cruzando de um prédio para outro através de um cabo de aço e sem rede de proteção.
Esta conversa é o resumo daquelas duas pessoas. Um amor que mexeu com três pessoas. Um amor separou três pessoas. Este mesmo amor foi a tábua de salvação de Mariana e Maria. Pelo menos enquanto foi possível amar sem limites.
Mariana apaixonou-se desesperadamente quando seus olhos cruzaram com os de Maurício . Quase na mesma época que Maria começou seu namoro com o mesmo Maurício . Duas mulheres e um único amor, o mais intenso já vivido por aquelas pessoas.
Maurício amava aquelas duas mulheres, amava diferentemente, amores que se completavam. Amores que nunca poderiam ser reproduzidos, porquanto únicos. Os três viveram aquelas relações que, aos olhos dos outros, era inconcebível. Mas para eles era perfeito. Não havia sentimento de posse, não havia controles, não havia limites, somente imperava o respeito e nada mais do que isso. Entretanto, e sempre tem algum entretanto, na cabeça de uma daquelas mulheres brotava um sentimento estranho àquele amor. Sentimento que começou pequeno, mas que aos poucos passou a ocupar mais e mais espaços.
Maria queria Maurício somente para ela, queria aquele amor apenas na sua vida. Mesmo que a relação a três estivesse perfeita. Aliás, a melhor relação que já vivera na vida. Maria não entendia que mesmo vivendo o único amor da sua vida, ainda houvesse espaço para o sentimento de posse. Sempre se lembrava da parábola do escorpião e do sapo que ouvia desde sempre:
O escorpião vinha fazer um pedido.
"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Por quê? Por quê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."
Maria tinha a convicção de que fazia parte da sua natureza aquele sentimento de posse, aquele sentimento de não compartilhamento de nenhum amor, ainda mais quando fosse de um cara como o Maurício . Então a vida de Maria começou a não ter mais sentido se não fosse ao lado daquele homem incrível chamado Maurício . Não bastava estar ao seu lado, teria que ser somente dela...Não havia sentido em viver um amor dividido, mesmo que fosse o mais puro e intenso amor...
Em uma manhã como outra qualquer, Maria entra na sala da casa dividida pelos três e simplesmente da um tiro certeiro em Maurício . Senta no sofá em frente e espera a chegada de Mariana. Transcorrem alguns minutos e, finalmente, Mariana chega para a conversa derradeira de uma vida e depara-se com a cena que poderia ser tirada de um drama qualquer. Maurício morto com um tiro no peito e Maria chorando, mas não arrependida.
- Maria! Não acredito que tu acabou com as nossas vidas, não acredito que tu tenha sido tão egoísta a ponto de matar a única pessoa que poderia nos fazer feliz. Com quem éramos felizes como nunca fomos.
- Às vezes me sinto andando no parapeito de um prédio muito alto.
- Eu me sinto cruzando de um prédio para outro através de um cabo de aço e sem rede de proteção.
- Engraçado, sentimentos parecidos decorrentes de uma relação tão diversa.
- Maria deixa de falar bobagem, a nossa relação não era diversa, era muito parecida, sim porque amávamos como nunca mais iremos amar. Vivemos o amor mais sincero que se pode testemunhar e tu acabou com ele. Simplesmente por não quer ou poder compartilhá-lo.
- Mariana, eu quero que tu pegue esta arma e dê apenas um tiro em mim. Só isso que te peço.
- Não. Não mesmo. Quero que tu fique aqui para viver esta dor até o fim dos teus dias.
O sapo respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: "Por quê? Por quê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza."
Maria tinha a convicção de que fazia parte da sua natureza aquele sentimento de posse, aquele sentimento de não compartilhamento de nenhum amor, ainda mais quando fosse de um cara como o Maurício . Então a vida de Maria começou a não ter mais sentido se não fosse ao lado daquele homem incrível chamado Maurício . Não bastava estar ao seu lado, teria que ser somente dela...Não havia sentido em viver um amor dividido, mesmo que fosse o mais puro e intenso amor...
Em uma manhã como outra qualquer, Maria entra na sala da casa dividida pelos três e simplesmente da um tiro certeiro em Maurício . Senta no sofá em frente e espera a chegada de Mariana. Transcorrem alguns minutos e, finalmente, Mariana chega para a conversa derradeira de uma vida e depara-se com a cena que poderia ser tirada de um drama qualquer. Maurício morto com um tiro no peito e Maria chorando, mas não arrependida.
- Maria! Não acredito que tu acabou com as nossas vidas, não acredito que tu tenha sido tão egoísta a ponto de matar a única pessoa que poderia nos fazer feliz. Com quem éramos felizes como nunca fomos.
- Às vezes me sinto andando no parapeito de um prédio muito alto.
- Eu me sinto cruzando de um prédio para outro através de um cabo de aço e sem rede de proteção.
- Engraçado, sentimentos parecidos decorrentes de uma relação tão diversa.
- Maria deixa de falar bobagem, a nossa relação não era diversa, era muito parecida, sim porque amávamos como nunca mais iremos amar. Vivemos o amor mais sincero que se pode testemunhar e tu acabou com ele. Simplesmente por não quer ou poder compartilhá-lo.
- Mariana, eu quero que tu pegue esta arma e dê apenas um tiro em mim. Só isso que te peço.
- Não. Não mesmo. Quero que tu fique aqui para viver esta dor até o fim dos teus dias.
Neste instante Mariana vai até a janela e simplesmente se joga atrás daquele amor que nunca mais iria viver em vida e que talvez encontrasse num outro plano ou dimensão. Maria não tinha coragem para perseguir aquele amor, era tão egoísta que viveria a dor da ausência por toda a sua vida...
Ps: Caros leitores.
Hoje dia 07 de abril, por sugestão de uma leitora, alterei o nome de um dos personagens. troquei Manoel por Maurício. Sugestão da leitora Karla. O LedVenture é isso aí uma construção aberta...
Ps: Caros leitores.
Hoje dia 07 de abril, por sugestão de uma leitora, alterei o nome de um dos personagens. troquei Manoel por Maurício. Sugestão da leitora Karla. O LedVenture é isso aí uma construção aberta...
Trilha sonora:
Hoje não houve trilha, o porquê não sei, mas simplesmente sentei e escrevi. Talvez esta história estivesse por muito a ser escrita. Não é muito original, mas é a minha forma de ver este amor, estranho amor...
Olá, Leo!
ResponderExcluirLi seu comentário no Blog de Tec da Folha.com e vim conferir o LedVenture e Imago LedVenture. Curti bastante e começarei a visitar mais. É sempre animador encontrar vida inteligente na internet!
Bem legal a idéia de unir trilha sonora aos textos e delicioso encontrar Bajofondo entre as músicas.
Lindas suas fotos de Ushuaia e Perito Moreno... me encantó muchísimo!
No ano passado, fiz um intercâmbio na Universidad de Santiago de Chile e aproveitei pra viajar. Conheci a Patagônia e o Deserto de Atacama... quando vejo as fotos, ainda dá um aperto no coração e quase sinto de novo o deslumbramento com as paisagens!
Suerte!
Karla
São Paulo / SP
PS.: adorei seu conto "Maria, Mariana, Manoel e um amor". Embora, eu diria que Marcos, Maurício ou Mateus poderia -- talvez -- ter encaixado mais adequadamente! ;P huahuahua!!!
ResponderExcluirUn abrazo,
Kátia
Karla e Kátia. Não nos veremos nunca neste mundo real. Mas nos encontramos aqui neste espaço do mundo virtual. Fiquei feliz com o comentário de vocês. Talvez nem seja mais lido por vocês, mas o importante que algum momento das suas vidas estivemos ligados através da escrita. Muitos me perguntam porque escrevo e para mim é clara a resposta. Hoje lendo o comentário de vocês mais uma vez tive a resposta. Os comentários de vocês fazem parte desta intrigante resposta. Valeu e continuem visitando estes espaços perdidos da net. LedVenture e ImagoLedVenture.
ResponderExcluirAh, esqueci de escrever que concordei com o comentário da Kátia e acho que vou alterar o nome do personagem. Manoel é um nome antigo, mas no dia não me lembrei dos nomes sugeridos por ti Kátia. Acho que vou alterar o texto...
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