Ontem foi a comemoração da Independência do Brasil. Como eu estava envolvido com a marca dos 5.000 acessos ao blog, não me detive a esta data importantíssima para a nossa nação. São exatos 189 anos desde o longínquo sete de setembro de 1822. Pululam questionamentos em minha cabeça. Duas delas são mais intensas. Será que somos realmente independentes? Será que somos os donos de nossos destinos? A mim as respostas para estas perguntas singelas são claras.
Ao longo da nossa história temos exemplos claros da posição que tomamos como país. E também há exemplos de atitudes impostas por outras nações ao Brasil. O primeiro exemplo que me vem a lembrança é a guerra do Paraguai, onde formamos Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) para acabar com o Paraguai, um país que estava em franca ascensão. Os governos Paraguaios de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) estavam em vias de erradicar o analfabetismo, estimularam a criação de fábricas nos mais variados ramos. Imaginem, estabeleceu-se uma reforma agrária (o Brasil em pleno século 21 tenta, mas não consegue fazer um reforma agrária decente) e muitas outras inovações sociais. O império de então sentindo-se ameaçado estimulou a formação da Tríplice Aliança para dizimar com um país em franco crescimento. Como resultado, transcorridos 146 anos do início daquela guerra, o Paraguai é um dos países mais atrasados da América do Sul. O Brasil foi apenas um títere nas mãos do Império Inglês. Poderíamos alegar que ainda eramos imberbe como país independente, isto explicaria esta atitude subserviente.
Então, avancemos até a Segunda Guerra Mundial. O nosso presidente de então, o até hoje venerado Getúlio Dorneles Vargas, barganhou a entrada do Brasil na segunda guerra desde que fossem construídas algumas siderúrgicas em solo brasileiro, bem como a concessão de poucos trocados. A bem da verdade negociamos com os dois lados da Guerra, com os Aliados e os Integrantes do Eixo, chegamos a entregar Olga Benario Prestes (grávida de um filho de Luis Carlos Prestes) aos Nazistas como uma espécie de afago. Mas na última hora fechamos acordo com os Aliados. Nenhuma nesga de convicção e sim uma barganha barata e desprezível. Nessa passagem de nossa história fomos independentes, mas tivemos uma atitude pouco republicana, para dizer o mínimo.
Pulemos até 1964, época do golpe militar. As ideias do golpe não saíram das mentes dos brasileiros. Tudo foi pensado, articulado e planejado além fronteiras. Os Americanos pensaram e deram apoio logístico ao Exército brasileiro. Membros das forças armadas foram treinados nos EUA. Sem falar que em abril de 1964 havia uma frota de navios americanos de prontidão nos mares brasileiros para dar apoio caso houvesse alguma resistência. Não houve. Mais uma vez fomos títeres de uma nação estrangeira. Muitos outros exemplos poderiam ser elencados aqui, mas não é esta a intenção. Gostaria apenas de pontuar alguns exemplos da nossa servidão.
Por outo lado, me parece que nos últimos anos estamos pelo menos tentando mudar este estado de coisas. Estamos lutando para retomar as rédeas de nossas vidas. Não é um movimento fácil, pois volta e meia somos "brindados" com imposições estrangeiras.
Gostaria de ver o Brasil errando ou acertando pela sua cabeça. É bem verdade que com a globalização os países estão todos interligados. A globalização não começou nos anos de 1990, muito antes pelo contrário, inicio-se com as grandes navegações, portanto, não serve como desculpa. Os impérios impõem suas vontades. Antes eram os Ingleses, atualmente os Americanos (em franca decadência), quem sabe no futuro seja um país do Oriente a impor suas convicções aos países periféricos. Somos independentes no papel e desejo que cheguemos a independência real. Já fomos mais subservientes. Estamos caminhando para uma mudança de paradigmas, mas ainda há muito chão para percorrer. Por derradeiros é importante afirmar que os fatos aqui lembrados mancham nossa história, nos entristecem, mas não nos retiram o direito de mudar tudo que nos cerca. Muito antes pelo contrário. Penso que nos ensinam como não agir, nos mostram que o caminho a seguir e é na outra direção.
O que me anima é que parece que estamos aprendendo com o nosso passado, quem sabe estejamos a caminho de uma independência de verdade.
Trilha sonora:
Who's Driving Your Plane? - The Rolling Stones - Singles Collection - The London Years (Disc 2)
New Year's Day - U2 - The Best Of 1980-1990
Le Freak - Chic - Rock 70´s
Did You Ever Have A Dream - David Bowie - David Bowie (Deluxe Edition)
I Will Follow - U2 - Live Under A Blood Red Sky {2008 Remaster}
Showbiz - Muse - Showbiz
Gimmie Shelter (Radio Edit) - The Rolling Stones - More For Promotional Use Only
42 - Coldplay - Left Right Left Right Left - Live
Shiver - Coldplay - Parachutes
Wire - U2 - The Unforgettable Fire
Smoke On The Water - Deep Purple - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Total Eclipse - The Alan Parsons Project - I Robot
Brothers In Arms - Dire Straits - Brothers In Arms
Ao longo da nossa história temos exemplos claros da posição que tomamos como país. E também há exemplos de atitudes impostas por outras nações ao Brasil. O primeiro exemplo que me vem a lembrança é a guerra do Paraguai, onde formamos Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) para acabar com o Paraguai, um país que estava em franca ascensão. Os governos Paraguaios de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) estavam em vias de erradicar o analfabetismo, estimularam a criação de fábricas nos mais variados ramos. Imaginem, estabeleceu-se uma reforma agrária (o Brasil em pleno século 21 tenta, mas não consegue fazer um reforma agrária decente) e muitas outras inovações sociais. O império de então sentindo-se ameaçado estimulou a formação da Tríplice Aliança para dizimar com um país em franco crescimento. Como resultado, transcorridos 146 anos do início daquela guerra, o Paraguai é um dos países mais atrasados da América do Sul. O Brasil foi apenas um títere nas mãos do Império Inglês. Poderíamos alegar que ainda eramos imberbe como país independente, isto explicaria esta atitude subserviente.
Então, avancemos até a Segunda Guerra Mundial. O nosso presidente de então, o até hoje venerado Getúlio Dorneles Vargas, barganhou a entrada do Brasil na segunda guerra desde que fossem construídas algumas siderúrgicas em solo brasileiro, bem como a concessão de poucos trocados. A bem da verdade negociamos com os dois lados da Guerra, com os Aliados e os Integrantes do Eixo, chegamos a entregar Olga Benario Prestes (grávida de um filho de Luis Carlos Prestes) aos Nazistas como uma espécie de afago. Mas na última hora fechamos acordo com os Aliados. Nenhuma nesga de convicção e sim uma barganha barata e desprezível. Nessa passagem de nossa história fomos independentes, mas tivemos uma atitude pouco republicana, para dizer o mínimo.
Pulemos até 1964, época do golpe militar. As ideias do golpe não saíram das mentes dos brasileiros. Tudo foi pensado, articulado e planejado além fronteiras. Os Americanos pensaram e deram apoio logístico ao Exército brasileiro. Membros das forças armadas foram treinados nos EUA. Sem falar que em abril de 1964 havia uma frota de navios americanos de prontidão nos mares brasileiros para dar apoio caso houvesse alguma resistência. Não houve. Mais uma vez fomos títeres de uma nação estrangeira. Muitos outros exemplos poderiam ser elencados aqui, mas não é esta a intenção. Gostaria apenas de pontuar alguns exemplos da nossa servidão.
Por outo lado, me parece que nos últimos anos estamos pelo menos tentando mudar este estado de coisas. Estamos lutando para retomar as rédeas de nossas vidas. Não é um movimento fácil, pois volta e meia somos "brindados" com imposições estrangeiras.
Gostaria de ver o Brasil errando ou acertando pela sua cabeça. É bem verdade que com a globalização os países estão todos interligados. A globalização não começou nos anos de 1990, muito antes pelo contrário, inicio-se com as grandes navegações, portanto, não serve como desculpa. Os impérios impõem suas vontades. Antes eram os Ingleses, atualmente os Americanos (em franca decadência), quem sabe no futuro seja um país do Oriente a impor suas convicções aos países periféricos. Somos independentes no papel e desejo que cheguemos a independência real. Já fomos mais subservientes. Estamos caminhando para uma mudança de paradigmas, mas ainda há muito chão para percorrer. Por derradeiros é importante afirmar que os fatos aqui lembrados mancham nossa história, nos entristecem, mas não nos retiram o direito de mudar tudo que nos cerca. Muito antes pelo contrário. Penso que nos ensinam como não agir, nos mostram que o caminho a seguir e é na outra direção.
O que me anima é que parece que estamos aprendendo com o nosso passado, quem sabe estejamos a caminho de uma independência de verdade.
Trilha sonora:
Who's Driving Your Plane? - The Rolling Stones - Singles Collection - The London Years (Disc 2)
New Year's Day - U2 - The Best Of 1980-1990
Le Freak - Chic - Rock 70´s
Did You Ever Have A Dream - David Bowie - David Bowie (Deluxe Edition)
I Will Follow - U2 - Live Under A Blood Red Sky {2008 Remaster}
Showbiz - Muse - Showbiz
Gimmie Shelter (Radio Edit) - The Rolling Stones - More For Promotional Use Only
42 - Coldplay - Left Right Left Right Left - Live
Shiver - Coldplay - Parachutes
Wire - U2 - The Unforgettable Fire
Smoke On The Water - Deep Purple - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
Total Eclipse - The Alan Parsons Project - I Robot
Brothers In Arms - Dire Straits - Brothers In Arms
Comentários
Postar um comentário
Interaja com Ledventure...