Hoje é uma data feliz. Por volta das 19:00 horas o LedVenture superou os 10.000 acessos. Pena que perdi o momento exato dos 10.000, quando acessei já estava em 10.001. Pode parecer pouco. E para os números gigantescos desta rede mundial é pouco. Mas para este blogueiro neófito é um número expressivo. Não me iludo que sou lido por muitas pessoas, basicamente por amigos. Todos que aqui chegam são de uma forma ou outra meus amigos. Entretanto, 10.000 acessos é para mim algo a ser comemorado. E estando onde estou me sinto completamente feliz. É difícil explicar, é difícil colocar em palavras o que sinto, mas é fácil sentir o que sinto. Então, só me resta agradecer a todos e todas que de uma forma ou outra chegaram até este lugar escondido da net.
Passado este momento de agradecimento quero compartilhar algumas sensações com os leitores do LedVenture. Quem acessa o blog percebe que estou na Terra do Fogo, ou como eles daqui gostam de dizer, estou no Fin del Mundo. Aqui entramos neste slogan, a todo momento somos lembrados que estamos de fato no Fin del Mundo. E na verdade este slogan é perfeito sob todos os aspectos. Estamos de fato no fim do mundo, estamos acabando com o nosso mundo. O fim do mundo parece estar muito próximo. Digo sem medo de errar que o ser humano é o câncer do planeta. Onde colocamos nossas mãos provocamos estragos sem fim. Cada vez nos superamos na tarefa de acabar com o planeta. Não sei se temos solução. Mas aqui este sentimento por vezes me afeta. Me surpreendi com a população da cidade mais austral do mundo. Alguns dizem que a população da cidade é de quase 70.000. Não é possível uma cidade do tamanho do Ushuaia ter tanta gente. Sem contar com os turistas que aqui chegam a todo momento. Aos poucos estamos acabando com tudo, talvez esta seja a sina do ser humano.
Mas não é sobre isso que quero falar. Mas sim dos sentimentos que somos expostos estando numa cidade tão mágica com esta. Aqui somos forçados a pensar em nossa existência, não só como seres humanos, mas sim sobre nossas vidas, nossas ações, nossas frustrações, enfim, repensamos tudo que nos cerca. Acho que esta é a magia deste lugar. Ontem indo ver os pinguins me defrontei com esta necessidade imposta pelo ambiente. Pensei muito sobre tudo que já vivi nestes anos todos, notei muito sofrimento, muitas alegrias, algumas frustrações, mas acima de tudo descobri que não me escondo da vida. Não deixo de viver temendo as consequências dos meus atos. Claro que não sou de arriscar desmesuradamente. Mas também não sou de me acomodar. Sofro as consequências, mas não me importo. Olhando a baia do Ushuaia, indo para a pinguineira na parte mais alta do catamarã, senti que este sou eu. Aqui me descobri novamente. E gostei desta descoberta. Gostei de sentir quem sou e porque sou como sou. Precisei ir ao Fin del Mundo para ter a certeza de quem sou eu.
E quem sou eu? Pouco importa, ou melhor, para poucos importa. Mas a verdade que agora sei quem sou e porque sou. Este ano foi marcante na minha vida, por muitos motivos. Estando na Terra do Fogo, mais uma vez vejo a reafirmação de que precisamos muito pouco para ser feliz. Passei por alguns vilarejos e percebi pessoas vivendo não sei como, mas pude sentir nelas a felicidade extrema. Felicidade esta que experimento vez por outra, mas ali no meio do nada, naqueles vilarejos senti que a felicidade é perene para eles. Não são apenas ondas que invadem de tempos em tempos nossas vidas. Posso estar equivocado nesta análise que faço daquelas pessoas, posso estar idealizando a vida daquelas pessoas, mas o que elas me passaram foi esta felicidade extrema. Nem sei se é possível ser feliz a todo momento, na verdade tinha a intuição que não é possível, mas vendo aquelas pessoas comecei a questionar esta pseudo certeza. Aquelas pessoas precisam de tão pouco para serem felizes. Aqui vejo que a felicidade não passa por Apple, Nike, Adidas, carrões, casas, mulheres, baladas ou outros coisas do gênero. Passa isso sim pela integração do homem com a natureza. Passa pela harmonia do ser humano com tudo que lhe cerca. Em muitos momentos o ser humano ultrapassa os limites do aceitável, provocando o desequilíbrio. A consequência destas ações percebemos no nosso cotidiano, mesmo aqui, na cidade mais austral do mundo, percebemos os efeitos destes desequilíbrios.
Portanto, não há saída, ou nós encontramos esta harmonia ou fatalmente iremos sentir o fim do mundo. E não será a cidade mais austral do mundo...
Ps. Hoje fotografei um arco-iris. Será que o fim do arco-iris é no Fin del Mundo?
Passado este momento de agradecimento quero compartilhar algumas sensações com os leitores do LedVenture. Quem acessa o blog percebe que estou na Terra do Fogo, ou como eles daqui gostam de dizer, estou no Fin del Mundo. Aqui entramos neste slogan, a todo momento somos lembrados que estamos de fato no Fin del Mundo. E na verdade este slogan é perfeito sob todos os aspectos. Estamos de fato no fim do mundo, estamos acabando com o nosso mundo. O fim do mundo parece estar muito próximo. Digo sem medo de errar que o ser humano é o câncer do planeta. Onde colocamos nossas mãos provocamos estragos sem fim. Cada vez nos superamos na tarefa de acabar com o planeta. Não sei se temos solução. Mas aqui este sentimento por vezes me afeta. Me surpreendi com a população da cidade mais austral do mundo. Alguns dizem que a população da cidade é de quase 70.000. Não é possível uma cidade do tamanho do Ushuaia ter tanta gente. Sem contar com os turistas que aqui chegam a todo momento. Aos poucos estamos acabando com tudo, talvez esta seja a sina do ser humano.
Mas não é sobre isso que quero falar. Mas sim dos sentimentos que somos expostos estando numa cidade tão mágica com esta. Aqui somos forçados a pensar em nossa existência, não só como seres humanos, mas sim sobre nossas vidas, nossas ações, nossas frustrações, enfim, repensamos tudo que nos cerca. Acho que esta é a magia deste lugar. Ontem indo ver os pinguins me defrontei com esta necessidade imposta pelo ambiente. Pensei muito sobre tudo que já vivi nestes anos todos, notei muito sofrimento, muitas alegrias, algumas frustrações, mas acima de tudo descobri que não me escondo da vida. Não deixo de viver temendo as consequências dos meus atos. Claro que não sou de arriscar desmesuradamente. Mas também não sou de me acomodar. Sofro as consequências, mas não me importo. Olhando a baia do Ushuaia, indo para a pinguineira na parte mais alta do catamarã, senti que este sou eu. Aqui me descobri novamente. E gostei desta descoberta. Gostei de sentir quem sou e porque sou como sou. Precisei ir ao Fin del Mundo para ter a certeza de quem sou eu.
E quem sou eu? Pouco importa, ou melhor, para poucos importa. Mas a verdade que agora sei quem sou e porque sou. Este ano foi marcante na minha vida, por muitos motivos. Estando na Terra do Fogo, mais uma vez vejo a reafirmação de que precisamos muito pouco para ser feliz. Passei por alguns vilarejos e percebi pessoas vivendo não sei como, mas pude sentir nelas a felicidade extrema. Felicidade esta que experimento vez por outra, mas ali no meio do nada, naqueles vilarejos senti que a felicidade é perene para eles. Não são apenas ondas que invadem de tempos em tempos nossas vidas. Posso estar equivocado nesta análise que faço daquelas pessoas, posso estar idealizando a vida daquelas pessoas, mas o que elas me passaram foi esta felicidade extrema. Nem sei se é possível ser feliz a todo momento, na verdade tinha a intuição que não é possível, mas vendo aquelas pessoas comecei a questionar esta pseudo certeza. Aquelas pessoas precisam de tão pouco para serem felizes. Aqui vejo que a felicidade não passa por Apple, Nike, Adidas, carrões, casas, mulheres, baladas ou outros coisas do gênero. Passa isso sim pela integração do homem com a natureza. Passa pela harmonia do ser humano com tudo que lhe cerca. Em muitos momentos o ser humano ultrapassa os limites do aceitável, provocando o desequilíbrio. A consequência destas ações percebemos no nosso cotidiano, mesmo aqui, na cidade mais austral do mundo, percebemos os efeitos destes desequilíbrios.
Portanto, não há saída, ou nós encontramos esta harmonia ou fatalmente iremos sentir o fim do mundo. E não será a cidade mais austral do mundo...
Ps. Hoje fotografei um arco-iris. Será que o fim do arco-iris é no Fin del Mundo?
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