Nada, absolutamente nada, é tão estranho quanto a vida. De um momento para o outro tudo à nossa volta e nós mesmos mudamos. Não estou me referindo a mudanças ruins ou boas, mas sim a estas mudanças constantes em nossas vidas.
Sempre sou surpreendido com os acontecimentos diários. Sempre talvez seja um exagero estilístico, mas a verdade é que de tempos em tempos um tsunami nos atinge. E, às vezes, este tsunami é para remexer coisas indevidamente acomodadas. Por motivos infindáveis e inexplicáveis entramos em rotinas sem fim. Entramos em zonas de conforto e lá construímos uma espécie de bunker. Nos isolamos de tudo que possa ameaçar este pequeno mundo à parte. Aqui cabe um pequeno parênteses para explicitar que este texto não é uma generalização, mas sim uma particularidade minha, apesar de usar o plural majestático estou divagando sobre experiências minhas, se outros têm estas mesmas vivências, não sei, posso desconfiar, mas não tenho certeza. Feito este pequeno mas necessário esclarecimento, continuo.
Quanto estamos protegidos neste nosso bunker imaginário, somos chacoalhados, mexidos e remexidos por esta vida que não admite a manutenção de proteções por muito tempo. Nos tornamos desabrigados em nossa própria vida. Quando nos damos conta estamos no meio de mais uma avalanche de acontecimentos que fogem ao nosso controle. Temos a pseudo certeza que controlamos nossas vidas. Não controlamos nada, somos controlados por tudo isso que nos cerca. E quando tomamos consciência desta falta de controle que temos de nossas vidas é um tanto chocante. Talvez assustador, mas é a realidade.
Escrevo isso para fluir este sentir que fica dentro de mim, por vezes, recluso, mas que tempos em tempos foge do controle. Mas por que ter controle? É bobagem controlar sentimentos, temos é que vivenciá-los na sua maior dimensão. O meu bunker está em ruínas e isto é muito bom. Não quero mais saber de proteções, quero me expor às mudanças da vida. Num primeiro momento mudanças controladas, quem sabe no futuro deixe estas mudanças livres para desempenharem o seu papel...
Trilha sonora
Love is a losing game - Amy Winehouse - Back to black
Streets Of Love - The Rolling Stones - A Bigger Bang
Your Love (Once Upon A Time In The West) - Dulce Pontes & Ennio Morricone - Focus
(Your Love Keeps Lifting Me) Higher And Higher - Jackie Wilson - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
One I Love - Coldplay - Live 2003
Sempre sou surpreendido com os acontecimentos diários. Sempre talvez seja um exagero estilístico, mas a verdade é que de tempos em tempos um tsunami nos atinge. E, às vezes, este tsunami é para remexer coisas indevidamente acomodadas. Por motivos infindáveis e inexplicáveis entramos em rotinas sem fim. Entramos em zonas de conforto e lá construímos uma espécie de bunker. Nos isolamos de tudo que possa ameaçar este pequeno mundo à parte. Aqui cabe um pequeno parênteses para explicitar que este texto não é uma generalização, mas sim uma particularidade minha, apesar de usar o plural majestático estou divagando sobre experiências minhas, se outros têm estas mesmas vivências, não sei, posso desconfiar, mas não tenho certeza. Feito este pequeno mas necessário esclarecimento, continuo.
Quanto estamos protegidos neste nosso bunker imaginário, somos chacoalhados, mexidos e remexidos por esta vida que não admite a manutenção de proteções por muito tempo. Nos tornamos desabrigados em nossa própria vida. Quando nos damos conta estamos no meio de mais uma avalanche de acontecimentos que fogem ao nosso controle. Temos a pseudo certeza que controlamos nossas vidas. Não controlamos nada, somos controlados por tudo isso que nos cerca. E quando tomamos consciência desta falta de controle que temos de nossas vidas é um tanto chocante. Talvez assustador, mas é a realidade.
Escrevo isso para fluir este sentir que fica dentro de mim, por vezes, recluso, mas que tempos em tempos foge do controle. Mas por que ter controle? É bobagem controlar sentimentos, temos é que vivenciá-los na sua maior dimensão. O meu bunker está em ruínas e isto é muito bom. Não quero mais saber de proteções, quero me expor às mudanças da vida. Num primeiro momento mudanças controladas, quem sabe no futuro deixe estas mudanças livres para desempenharem o seu papel...
Trilha sonora
Love is a losing game - Amy Winehouse - Back to black
Streets Of Love - The Rolling Stones - A Bigger Bang
Your Love (Once Upon A Time In The West) - Dulce Pontes & Ennio Morricone - Focus
(Your Love Keeps Lifting Me) Higher And Higher - Jackie Wilson - Rolling Stone Magazine's 500 Greatest Songs Of All Time
One I Love - Coldplay - Live 2003
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